Iluminismo


O século XVII conheceu várias revoluções, a Revolução Industrial, a Revolução Francesa e também a Revolução Intelectual. O auga da última revolução deu com o Iluminismo, também chamado de Ilustração ou Filosofia das Luzes. O nome do movimento se explica porque os filósofos da época acreditavam estar iluminando as mentes das pessoas. Esse movimento surgiu na França e defendia o domínio da razão  e da ciência sobre a visão teocêntrica que dominava a Europa desde a Idade Média e também como forma de explicar o universo. Segundo os filósofos iluministas, essa forma de pensamento tinha o propósito de iluminas as trevas em que se encontrava a sociedade. O Iluminismo, ou Esclarecimento, foi ao mesmo tempo um movimento e uma revolta intelectual surgido na segunda metade do século XVIII (o chamado "Século das Luzes"). Foi um dos movimentos impulsionadores do capitalismo e da sociedade moderna e que obteve grade dinâmica nos países protestantes e lenta, porém gradual, influência nos países católicas, ao criticar o Absolutismo.
Os iluministas, por meio do racionalismo, almejavam um mundo perfeito, regido pelos princípios da razão, sem guerras e sem injustiças sociais, onde todos pudessem expressar livremente seu pensamento. Visto pelos intelectuais como um movimento que iluminava a capacidade humana de criticar e almejar um mundo melhor sendo que, diferente dos outros movimentos onde havia-se somente uma teorização, os iluministas buscavam ser a testa da revolução, não apenas ficar na teoria, mas também atuar e, consequentemente, liderar.  Tendo como principal característica dar respostas racionais para questões que envolviam a sociedade, esse manifestação teve influência na Revolução Americana e, posteriormente, na Revolução Francesa, além da influenciar a Inconfidência Mineira.

As origens do Iluminismo podem ser encontradas na chamada Revolução Científica do século XVII. Nessa época ocorreu um grande progressa na filosofia e na ciência. Foram precursores do movimento iluminista: René Descartes, Isaac Newton e John Locke. A Ilustração é, de certo modo, herdeira do Renascimento e do Humanismo Foi defendido a valorização do homem e da razão, além de contrapor a fé e valorizar a razão.

Na Europa do século XVII, essa manifestação alcançou a sua maior expressão quando as ideias dos filósofos, críticos do Antigo Regime, combinaram com os propósitos da burguesia em ascensão, já que apesar do dinheiro, não tinham poder em questões políticas. Defendia-se um sistema constitucional, igualdade jurídica e o liberalismo. Tal movimento rapidamente foi sendo difundido pelo norte da Europa, combatendo o Absolutismo monárquico que consideravam ser um sistema injusta por impedir a participação nas decisões políticas e por barrar a livre iniciativa e o desenvolvimento espontâneo do capitalismo. Além do Absolutismo, era combatido o poder da Igreja, pois o mesmo baseava o Antigo Regime com as supostas verdades reveladas pela fé. Tais questões chocavam com a autonomia intelectual defendido pelo racionalismo iluminista.

Na publicação a cerca dos resumos dos principais filósofos, é citado vários dos envolvidos no Esclarecimento, por tanto, deixarei aqui o link para a postagem: Resumo dos Principais Filósofos

Além de ter vários protagonistas, o Iluminismo teve importantes manifestações secundárias, como:

A Enciclopédia: o mais poderoso e duradouro de todos os instrumentos para a divulgação das Luzes - a obra imagem da propaganda iluminista, a edição da Enciclopédia dirigida por d'Alembert, escritor, filósofo e matemático francês, cético em religião e metafísica e defensor da tolerância; e, em seguida, por Diderot, filósofo francês, que assumiu a direção final apesar das inúmeros dificuldades até sua conclusão. Virando leitura obrigatória entre os homens cultos do século, tratou-se de uma estupenda síntese de todo conhecimento científico, com grande ênfase nas artes mecânicas e na sabedoria prática das coisas, servindo de modelo para todas as demais que seguiram posteriormente. Ela pretendia ser a suma completa dos conhecimentos filosóficos e científicos da época. A tônica da obra era o anticlericalismo, o mutualismo e principalmente o liberalismo político Por isso era contrária à monarquias absolutistas e a Igreja No tanto, foi proibida e passou a circular clandestinamente. Os iluministas sonhavam com um mundo onde houvesse colaboração entre os homens para alcançar a felicidade comum. Diderot escreveu um artigo na Enciclopédia, no qual colocava críticas ao Absolutismo e defende um poder vindo do povo, alegando que nenhum homem recebeu da natureza o direito de comandar outros. Jean le Rond d’Alembert expôs a filosofia natural e o espírito científico que presidiria a elaboração dessa obra. A garantia única de progresso, segundo ele, residia no esclarecimento universal. Sustentava, por isso, que as verdades da razão e da ciência deveriam ser ensinas às massas, na esperança de que um dia o mundo inteiro pudesse libertar-se do Absolutismo e da tirania. Além desses dois colaboradores, tem-se outros importantes e ilustres: Voltaire, Montesquieu, Rousseau e outros.
Entre os colaboradores da Enciclopédia, existia um pequeno grupo dedico à lançar os fundamentos da nascente economia como ciência e acreditavam que a atividade econômica, assim como as demais atividades humanas, estavam submetida à leis maturais. A lei da oferta e da procura ("Lei do Mercado"),  por exemplo, deveria predominar na economia dos vários países. Dessa forma, a política mercantilista, com sua regulamentação de preços, salários e monopólios pelos governos absolutistas passou a ser criticada.

O Despotismo Esclarecido: os governos absolutistas de alguns países europeus idolatravam certos princípios iluministas, promovendo em seus Estados uma série de reformas nos campos social e econômico. Esses governantes ficaram conhecidos como Despostas Esclarecidos. Essa reforma se deu principalmente no capo da educação e no campo referente a tributação, com o aperfeiçoamento do sistema de arrecadação tributária, procurando tornar menos opressiva a carga de tributos cobrados das classes populares. Um dos principais despostas esclarecidos foi o Marquês de Pombal, responsável pela expulsão dos jesuítas das terras portuguesas.

Comentários