Ecologia
Definição:
O termo Ecologia, criado em 1869 por Ernst Haeckel, provém de oicos
(casa) e logos (estudo). Daí dizer-se que:
Ecologia é a ciência que estuda os seres vivos em seu ambiente
natural, procurando estabelecer relações entre eles e com o
ambiente onde vivem.
De modo geral, a maior dimensão do ambiente é a biosfera, que é
espaço do planeta Terra onde existe pelo menos uma forma qualquer de
vida. Sendo esse espaço esférico e estando os seres vivos na
dependência da energia extraterrena (solar), foram eles obrigados a
se estabelecerem perifericamente e não nas profundezas.
Dentro desse grande ambiente, distinguem-se ambientes menores: os
biociclos (terrestre e aquático (salgado e doce)). Dentro do
biociclo terrestre distinguem-se ambientes ainda menores: as biocoras
(zonas de vida). Cada subdivisão da biocora denomina-se bioma.
O ambiente restrito, onde os indivíduos de uma determina espécie
são encontrados é o biótopo. Quando estudamos as relações
estabelecidas entre os seres vivos e o meio ambiente, químico e
físico, chamamos esse estudo de ecobiose, já as relações dos
seres vivos entre si são conhecidas como alelobiose.
Alguns conceitos básicos:
Espécie: conjunto de seres que compartilham semelhanças
morfológicas e podem reproduzir-se entre si ou não, originando
descendentes férteis. Uma espécie se mantém isolada de outros
grupos semelhantes por meio de mecanismos de isolamento reprodutivo.
Dos mecanismos de isolamento reprodutivo, apresentam importância:
-
Ecológicos: quando os conjuntos habitam ambientes diferentes;
-
Temporais: quando os conjuntos apresentam reprodução em tempos diferentes.
-
Etológicos: quando os conjuntos apresentam comportamentos diferentes para a reprodução.
-
Mecânicos: quando os conjuntos apresentam órgãos genitais com anatomia diferente.
-
Genéticos: quando não há fecundação do óculo de um conjunto espermatozoide do outro ou os híbridos são inviáveis ou estéreis ou degeneráveis (com taxa de mortalidade maior que os parentais)
População: conjunto de organismos da mesma espécie, que ocupam uma
determinada área na mesma unidade de tempo.
Comunidade ou biocenose: Conjunto de todos os organismos
estabelecidos numa determinada área. A comunidade é constituída
pela somatória das populações presentes num determinado local
(biótipo).
Ecossistema: conjunto formado pela comunidade e pelo meio ambiente. O
ecossistema - considerado a unidade ecológica básica - compreende o
conjunto das influências mútuas existentes entre a comunidade ou
biocenose e o mundo físico ou biológico, ou seja, o mundo biótico
e o abiótico. Os ecossistemas podem ser naturais (formam-se
independentemente da ação humana) e artificiais (formados pela ação
do homem).
Biosfera: conjunto formado por todos os ecossistemas da Terra.
Constitui a porção do planeta habitada por qualquer tipo de ser
vivo.
Habitat: é o lugar específico onde uma espécie pode ser
encontrada.
Nicho Ecológico É o papel que o organismo desempenha, seu modo
particular pela qual se adapta ao meio ambiente.
Biótopo: área física na qual determinada comunidade vive.
Ecótono: é a região de transição entre duas comunidades ou entre
dois ecossistemas. Na área de transição (ecótono) encontra-se
grande número de espécies e, por conseguinte, grande número de
nichos ecológicos.
Potencial Biótico: A capacidade natural de crescimento de uma
população. Quando uma população não sofre resistência do
ambiente (fatores que impedem que ela se reproduza com velocidade
máxima), dize mos que ela não está controlada.
Alelobiose são as relações que ocorre entre os seres vivos; podem ser: cenobiose, quando esta relação é entre seres da mesma espécie e aloiobiose, quando é entre espécies diferentes. Em oposição Ecobiose é a relação entre o ser vivo e o meio ambiente.
Alelobiose são as relações que ocorre entre os seres vivos; podem ser: cenobiose, quando esta relação é entre seres da mesma espécie e aloiobiose, quando é entre espécies diferentes. Em oposição Ecobiose é a relação entre o ser vivo e o meio ambiente.
Distribuição
Em uma população, a
distribuição dos indivíduos pode ser casual, uniforme e agrupada
(ou agregada).
A distribuição é casual
quando a posição de um indivíduo da população não interfere na
posição de outro.
A distribuição se diz
uniforme quando os indivíduos se distribuem regularmente. É um caso
raro naturalmente.
Na distribuição agregada,
os indivíduos ocorrem em grupos.
OBS: os indivíduos de uma
população estão sujeitos a migrações e dispersões. Migração é
um deslocamento voluntário natural de indivíduos. Dispersão é o
deslocamento involuntário de seres vivos.
SUCESSÃO
Os ecossistemas são dinâmicos no sentido de que as espécies que os
compõem não são sempre as mesmas. Isto se vê refletido nas
mudanças gradativas da comunidade vegetal com o passar do tempo,
fenômeno conhecido como sucessão.
Começa pela colonização de uma área alterada. Em sua maior parte
se trata de espécies oportunistas, que se aferram ao terreno durante
um período de tempo variável. Como vivem pouco tempo e não são
boas competidoras, acabam sendo substituídas por espécies mais
competitivas e de vida mais longo. Com o tempo, o ecossistema chega a
um estado chamado clímax, no qual toda mudança ulterior se produz
muito lentamente, e o lugar fica dominado por espécies de longa vida
e elevada competitividade, as mudanças continuam, mas ocorrendo de
uma maneira estável e equilibrada (homeostase).
ETAPAS DE UMA SUCESSÃO ECOLÓGICA
Toda comunidade, até atingir seu equilíbrio, passa por três
etapas: comunidades pioneiras (Ecese), comunidades intermediárias
(Seres ou serais) e comunidade clímax.
Comunidades pioneiras ou Ecese: são formadas pelos primeiros
organismos a se instalarem em um local. Normalmente a colonização
se inicia em locais hostis à vida. Entretanto existem na natureza
espécies de seres vivos que conseguem sobreviver em locais hostis à
vida. As espécies que primeiramente se instalam são chamadas de
pioneiras, sua decomposição ajuda a enriquecer o solo.
Comunidades serais ou Seres: Representa o conjunto de fases
intermediárias de uma sucessão ecológica. É um processo contínuo
de modificações do meio promovidas pelas comunidades que alteram o
meio, que por sua vez permitem a existência de novas comunidades. Já
com uma vegetação mais desenvolvida, o local sofre modificações
climáticas.
Com o tempo, a flora e a fauna vão se tornando mais estáveis, até
a comunidade atingir o estágio de clímax.
Comunidade Clímax: constitui o estágio final da sucessão
ecológica, com um microclima próprio, a fauna e flora totalmente
adaptadas. Nesse estágio praticamente só vão ocorrer substituições
dos seres vivos que vão morrendo.
Existe dois tipos de Sucessão
Primária: É a sucessão que se inicia em um ambiente estéril, não
apresentando matéria orgânica ao desenvolvimento da comunidade
Secundária: É a sucessão que ocorre em uma área que já foi uma
comunidade clímax, mas que desapareceu por meios naturais ou pela
ação humana.
Teia Alimentar
e Cadeia Alimentar
Os seres vivos de um
ecossistema podem ser organizados de acordo com as relações
alimentares existentes entre eles. Essas relações costumam serem
representadas por meio de diagramas denominados teias alimentares, ou
redes alimentares. Nessas representações gráficas, os diversos
componentes da comunidade biológica são interligados por meio de
linhas que mostram suas relações quantos ao aspecto alimentar, ou
seja, várias cadeias alimentares são interligadas entre si,
formando o que chamamos de Teia alimentar. As relações alimentares
que se estabelecem entre os seres produtores, consumidores e
decompositores dentro de um ecossistema são chamadas de cadeias
alimentares. Percebam que os decompositores
interagem com todos os níveis tróficos de uma cadeia alimentar.
Os componentes bióticos de um ecossistema são
estudados e representados dentro de vários níveis, os chamados
níveis tróficos. Comumente não se
chega ao sexto nível trófico.
Cadeia alimentar
Uma cadeia alimentar define a seqüência de seres vivos que se
alimentam uns dos outros buscando a energia, direcionando, assim, o
fluxo de matéria e o próprio fluxo da energia dentro do
ecossistema.
Uma cadeia alimentar tem elementos básicos como:
Produtores - São sempre autótrofos, produzem alimento que será
usado na cadeia e estão obrigatoriamente no início de qualquer
cadeia alimentar. A energia transformada a partir da luz solar e do
gás carbônico será repassada a todos os outros componentes
restantes da cadeia ecológica. Conforme a fonte de energia utilizada
na síntese de matéria inorgânica, os produtores podem ser
classificados em:
• fotossintetizantes - obtêm energia da luz solar;
• quimiossintetizantes - obtêm energia de substâncias químicas
oxidadas.
Nos ecossistemas aquáticos, os principais produtores são
representados pelas algas fotossintetizantes que integram o
fitoplâncton.
Nos ecossistemas terrestres, os produtores são representados pelas
plantas clorofiladas.
Consumidores - São os organismos que necessitam de se alimentar de
outros organismos para obter a energia que eles não podem produzir
para si próprios. Vão se alimentar dos autótrofos e de outros
heterótrofos podendo ser consumidores primários (herbívoros),
consumidores secundários (a partir daqui, incluindo este, são todos
carnívoros ou ovíparos), consumidores terciários e assim por
diante. É bom lembrar que sempre que há a alimentação, nem toda a
energia obtida será integralmente usada, isto é, parte dessa
energia não será absorvida e será eliminada com as fezes outra
parte será perdida em forma de calor e com respiração, cerca de
somente 10% da energia é passada de um nível trófico para o outro.
Assim, grande parte da energia será perdida no decorrer de uma
cadeia alimentar diminuindo sempre a cada nível. Podemos então
dizer que o fluxo de energia num ecossistema é unidirecional
começando e sempre com a luz solar incidindo sobre os produtores e
diminuindo a cada nível alimentar dos consumidores.
Decompositores - São organismos que atuam exatamente em papel
contrário ao dos produtores. Eles transformam matéria orgânica em
matéria inorgânica reduzindo compostos complexos em moléculas
simples, fazendo com que estes compostos retornem ao solo para serem
utilizados novamente por outro produtor, gerando uma nova cadeia
alimentar. Os decompositores mais importantes são bactérias e
fungos. Por se alimentarem de matéria em decomposição são
considerados saprófitos ou sapróvoros.
Cada componente da cadeia, representando um grupo de seres vivos, é
denominado nível trófico. Uma cadeia alimentar inicia-se sempre com
os produtores e termina sempre com os decompositores. Quanto mais
curta for a cadeia alimentar, maior será a energia disponível.
Cadeia de Detritívoros
Nos ecossistemas, a especialização de alguns seres é tão grande,
que a tendência atual entre os ecologistas é criar uma nova
categoria de consumidores: os comedores de detritos, também
conhecido como detritívoros. Nesse caso, são formadas cadeias
alimentares separadas daquelas cadeias das quais participam os
consumidores habituais.
Produtividade
A capacidade dos organismos de um nível trófico aproveitar a
energia recebida para produzir biomassa denomina-se produtividade.
Nos níveis dos produtores, fala-se em produtividade primária bruta
(PPB) como a quantidade de matéria orgânica que um organismo
autotrófico consegue produzir na fotossíntese, por unidade de
tempo.
Quando se descontam da produtividade primária bruta os gastos com a
respiração, obtém-se a produtividade primária líquida (PPL). A
energia correspondente à PPL é a que está realmente disponível
para o nível trófico seguinte.
Nos nível dos consumidores, fala-se em produtividade secundária
bruta (PSB) como a quantidade total de biomassa que um herbívoro
efetivamente consegue absorver dos alimentos que ingere, pois o
animal elimina, nas fezes, muita matéria orgânica potencialmente
energética não aproveitada por ele.
Quando se descontam da produtividade secundária bruta os gastos com
a respiração, obtém-se a produtividade secundária líquida (PSL).
A PSL corresponde ao que o herbívoro acumula efetivamente de
biomassa em determinado intervalo de tempo; essa energia é a que
realmente está disponível para o nível trófico seguinte.
E assim esse processo continua.
Os Fatores Limitantes do
Ecossistema
*Luz
A luz é uma manifestação de energia, cuja principal fonte é o
Sol. É indispensável ao desenvolvimento das plantas. Praticamente
todos os animais necessitam de luz para sobreviver. São exceção
algumas espécies que vivem em cavernas - espécies cavernícolas - e
as espécies que vivem no meio aquático a grande profundidade -
espécies abissais. A luz influência o comportamento e a
distribuição dos seres vivos e, também, as suas características
morfológicas. Vale lembrar que parte da energia proveniente do sol
também é convertida em energia calorífica.
A Luz e os Comportamentos dos Seres Vivos
Os animais apresentam fototatismo, ou seja, sensibilidade em relação
à luz, pelo que se orientam para ela ou se afastam dela. Tal como os
animais, as plantas também se orientam em relação à luz, ou seja,
apresentam fototropismo. Os animais e as plantas apresentam
fotoperiodismo, isto é, capacidade de reagir à duração da
luminosidade diária a que estão submetidos - fotoperíodo.
*Temperatura
Cada espécie só consegue sobreviver entre certos limites de
temperatura, o que confere a este fator uma grande importância. Cada
ser sobrevive entre certos limites de temperatura - amplitude térmica
- não existindo nem acima nem abaixo de um determinado valor. Cada
espécie possui uma temperatura ótima para a realização das suas
atividades vitais. Alguns seres têm grande amplitude térmica de
existência - seres euritérmicos - enquanto outros só sobrevivem
entre limites estreitos de temperatura - seres estenotérmicos.
A Temperatura e o Comportamento dos Seres Vivos
Alguns animais, nas épocas do ano em que as temperaturas se afastam
do valor ótimo para o desenvolvimento das suas atividades, adquirem
comportamentos que lhes permitem sobreviver durante esse período,
como migração ou diminuição das suas atividades vitais.
Influencia
diretamente no metabolismo dos seres vivos, sejam eles endotérmicos
ou ectotérmicos, isso porque, a maioria das reações químicas que
ocorrem nos seres vivos tem sua velocidade aumentada ou reduzida
quando há respectivamente aumento ou redução de temperatura. Além
do que as enzimas para trabalharem precisam estar em faixas de
temperaturas especificas caso contrário podem ser inativadas. É
importante frisar que variações bruscas de temperatura geram
maiores consequências em indivíduos ectotérmicos, visto que, esses
indivíduos não possuem a capacidade de manter a temperatura
corporal constante. São seres ectotérmicos os Peixes, os Anfíbios
e os Répteis, já os Mamíferos e as Aves compreendem os animais
endotérmicos, aqueles capazes de regular a temperatura do seu
corpo.
*Água
É fator limitante de extrema importância para a sobrevivência de
uma comunidade. Além de seu envolvimento nas atividades celulares,
não podemos nos esquecer da sua importância na fisiologia vegetal
(transpiração e condução das seivas). É dos solos que as raízes
retiram a água necessária para a sobrevivência dos vegetais.
A água também tem a capacidade de absorver e conservar calor. Por
isso ela é importante para regulação térmica dos seres vivos. É
essa propriedade da água que torna a sudorese (eliminação do suor)
um mecanismo importante na manutenção da temperatura corporal
PRESSÃO
As
variações de pressão interferem de forma mais determinante em
ambientes aquáticos influenciando diretamente na migração e
habitat das espécies aquáticas. Os animais que suportam grandes
variações de pressão, migram verticalmente na coluna d’ água e
são denominados Euribáricos. Já os animais que não resistem a
essas mudanças bruscas são denominados Estenobáricos.
SALINIDADE
Esse
é um fator primordial na distribuição dos seres vivos aquáticos.
Os seres que suportam grandes variações de salinidade são
denominados Eurialinos. Já os seres que não suportam grandes
variações são os Estenoalinos. Por fim existem espécies Halófitas
que correspondem a aquelas que vivem em áreas contendo muito sal.
GASES
São
inúmeros os gases cruciais para os seres vivos, dentre eles podemos
destacar:
O2 - Fundamental para o metabolismo energético dos indivíduos que realizam respiração aeróbica.
CO2 - Principal gás envolvido no processo de fotossíntese.
H2O – Importante no controle do clima (circulação da água).
N2 – Muito importante como nutriente para plantas, construção de ácidos nucléicos e proteínas.
O2 - Fundamental para o metabolismo energético dos indivíduos que realizam respiração aeróbica.
CO2 - Principal gás envolvido no processo de fotossíntese.
H2O – Importante no controle do clima (circulação da água).
N2 – Muito importante como nutriente para plantas, construção de ácidos nucléicos e proteínas.
*Disponibilidade de Nutrientes
Pirâmides Ecológicas
As pirâmides ecológicas representam a transferência de energia e
matéria ao longo de uma cadeia alimentar. Nas pirâmides ecológicas
cada degrau corresponde a um nível trófico.
Pirâmide de Números: Representa a quantidade de indivíduos
em cada nível trófico da cadeia alimentar proporcionalmente à
quantidade necessária para a dieta de cada um desses. Em alguns
casos, quando o produtor é uma planta de grande porte, o gráfico de
números passa a ter uma conformação diferente da usual, sendo
denominada “pirâmide invertida”.
Pirâmide de Biomassa: É computada a massa corpórea
(biomassa) e não o número de cada nível trófico da cadeia
alimentar. O resultado será similar ao encontrado na pirâmide de
números: os produtores terão a maior biomassa e constituem a base
da pirâmide, decrescendo a biomassa nos níveis superiores. Em
alguns casos pode ser caracterizada como uma pirâmide invertida, já
que há a possibilidade de haver, por exemplo, a redução da
biomassa de algum nível trófico, alterando tais proporções.
Pirâmide de Energia: É o modo mais satisfatório de
representação. Essas pirâmides nunca são invertidas: elas mostram
sempre, de forma clara, o princípio da perda de energia a cada nível
trófico. Parte da energia é dissipada através
de calor e parte os organismos utilizam para seu metabolismo. De modo
geral, cerca de 90% da energia total disponível em um determinado
nível trófico não é transferida para o nível seguinte, sendo
consumidos na atividade metabólica dos organismos do próprio nível
ou perdidos como restos. Dessa forma, a eficiência ecológica de um
nível trófico ao outro é geralmente, em média, de apenas 10%.
Relações Ecológicas
entre os Seres Vivos - ALELOBIOSES
As interações (relações ou associações) entre indivíduos da
mesma espécie são intraespecíficas; as que existem entre
indivíduos de espécies diferentes são interespecíficas.
Interações desarmônicas (ou negativas) são as que representam
prejuízo para, pelo menos, um dos indivíduos associados; interações
harmônicas (ou positivas) são aquelas em que só há benefício
(para um ou ambos os participantes).
Relações Intraespecíficas Harmônicas
Colônias: Trata-se de associações entre indivíduos da mesma
espécie, unidos anatomicamente.
Sociedades: As sociedades são formadas pela união permanente entre
indivíduos de uma mesma espécie, havendo divisão de trabalho,
ocorrendo em animais sociais.
Relações Intraespecíficas Desarmônicas:
Antibiose (amensalismo)
A antibiose é o fenômeno no qual uma espécie impede o crescimento
de outra. É o que se vê quando raízes de certas plantas, como
eucaliptos, secretam substâncias tóxicas que eliminam muitos
vegetais à sua volta. É também exemplo dessa relação à produção
de antibióticos por certos fungos, que impede a proliferação de
bactérias.
Competição Intraespecífica: Relação na qual indivíduo da mesma
espécie disputam recursos oferecidos pelo ecossistema. A competição
ocorre quando os indivíduos têm nichos ecológicos semelhantes ou
idênticos.
Canibalismo: Ocorre quando um indivíduo mata outro da mesma espécie
para se alimentar.
Relações Interespecíficas Harmônicas
Inquilinismo: Nesse tipo de relação, um dos “sócios” é
favorecido, sendo que o outro não sofre prejuízos. A espécie
favorecida ganha abrigo ou suporte da outra espécie. Um exemplo de inquilinismo é o epifitismo, onde um planta menor tem suporte e fica sobre uma planta maior. As epífitas podem ser consideras um bioindicador de destruição da floresta, isso porque, como possuem uma dependência mecânica das árvores, são diretamente afetas pela pelo desmatamento das áreas de floresta, fazendo com que fiquem submetidas a uma maior radiação e temperatura, além da redução da umidade, ocasionando uma drástica redução do número dessas espécies na região.
Comensalismo: Há bastantes semelhanças entre essa relação e a
anterior, pois nos dois casos há favorecimento de uma das espécies.
Porém, no comensalismo a relação é, sobretudo alimentar.
Protocooperação: Na protocooperação, embora os participantes se
beneficiem, eles podem viver de modo independente, sem a necessidade
de se unir.
Mutualismo: O mutualismo é uma relação interespecífica em que os
participantes se beneficiam e mantêm relação de dependência. Às
vezes, essa relação é extremamente íntima.
Relações Interespecíficas Desarmônicas
Antibiose (amensalismo): A antibiose é o fenômeno no qual uma
espécie impede o crescimento de outra.
- Esclavagismo ou Sinfilia: É a interação desarmônica na qual uma
espécie captura e faz uso do trabalho, das atividades e até dos
alimentos de outra espécie, ou até mesmo da própria espécie.
Competição Interespecífica: Como ocorre na competição
intraespecífica, aqui, também a disputa é por recursos oferecidos
pelo ecossistema. Entretanto, os indivíduos envolvidos são de
espécies diferentes.
Herbivoria ou Herbivorismo: É a relação em que animais herbívoros
se alimentam de partes vivas de plantas.
Predatismo: No predatismo, uma das espécies (a predadora) captura e
mata a outra (a presa), para alimentar-se.
Parasitismo: Parasitismo é uma relação desarmônica entre seres de
espécies diferentes, em que um deles, denominado parasita, vive no
corpo do outro, denominado hospedeiro, do qual retira alimentos.
Podemos classificar em:
• Endoparasitismo: quando o parasita vive no interior do corpo do
hospedeiro.
• Ectoparasitismo: quando o parasita vive na superfície do
hospedeiro.
• Holoparasita: planta parasita que obtém seiva bruta e elaborada
às custas da planta hospedeira.
• Hemiparasita: planta parasita que obtém somente seiva bruta às
custas da planta hospedeira.
LIMNOCICLO
O biociclo da água doce. O conjunto dos ecossistemas de água doce é
chamado limnociclo, e é o menor de todos os biociclos estudados. É
o menor ambiente da Terra
O Limnociclo pode ser divididos em duas partes:
Águas lóticas
segmento formado por rios, riachos e corredeiras, em que a água se
desloca rapidamente.
Águas lênticas
formado por lagos, lagoas, represas e pântanos, em que a água
fica praticamente parada.
Os organismos que compõem a parte biótica do limnociclo também são
divididos em plâncton, nécton e bentos, com as mesmas
características dos seus correspondentes marinhos.
Águas lóticas
Com as águas em permanente movimento, esses ecossistemas se
apresentam bem oxigenados e ricos em nutrientes inorgânico trazidos.
Principalmente, pela erosão dos terrenos adjacentes a suas margens.
Como se pode perceber, trata-se de um ecossistema importador, ou
seja, está sempre recebendo material dos ecossistemas vizinhos e,
por isso, é bastante dependente e frágil. Essa fragilidade e, seu
equilíbrio ecológico é observada quando ocorre despejo de esgotos
ou de agrotóxicos.
Nesses ecossistemas, não encontramos um plâncton bem definido. Com
as águas correntes, os seres vivos que normalmente vivem na
superfície seriam arrastados num só sentido e desapareceriam.
Podemos encontrar, porém, plantas e animais perfeitamente adaptados
à correnteza. São algas filamentosas e musgos presos às rochas,
moluscos escondidos debaixo de pedras, lavas de insetos nas dobras da
margens e uma grande variedade de peixes.
Águas lênticas
Desde uma pequena poça d’água, formada pela chuva, passando por
pequenas lagoas, brejos, represas artificiais, até os Grandes Lagos
da América do Norte, todos são componentes desse segmento do
limnociclo – as águas lênticas – cujas águas, aparentemente
paradas, estão em constante renovação.
Os mananciais extensos de águas lênticas, como um grande lago,
podem apresentar três regiões ou zonas: litorânea, límnica e
profunda, cujas características são as seguintes:
Zona litorânea – região próxima das margens, de pouco
profundidade, muitos vegetais fixos no fundo com ou sem partes
flutuantes, e muitas espécies animais, de invertebrados e mamíferos.
Zona límnica – região muito rica em fito e zooplâncton, bem como
em peixes. Corresponde à parte interna do lago, estendendo-se da
superfície até onde haja penetração da luz. A luminosidade dessas
águas depende de vários fatores, como a presença de algas e outras
plantas de superfície, de detritos orgânicos etc.
Zona profunda – região sem a presença de luz e, portanto,
de vegetais fotossintetizantes. Há nela alguns animais de fundo, que
se alimentos dos detritos oriundos das zonas superiores, e
decompositores – fundos e bactérias – que fecham a teia
alimentar local.
Fluxo de Matéria e Energia
A luz solar representa a fonte de energia externa sem a qual os
ecossistemas não conseguem manter-se. A transformação (conversão)
da energia luminosa para energia química, que é a única modalidade
de energia utilizável pelas células de todos os componentes de um
ecossistema, sejam eles produtores, consumidores ou decompositores,
são feita através de um processo denominado fotossíntese.
Portanto, a fotossíntese - seja realizada por vegetais ou por
microrganismos - é o único processo de entrada de energia em um
ecossistema.
Na cadeia alimentar, o fluxo de energia que perpassa por todos os
elos que formam os níveis tróficos é sempre unidirecional. À
medida que a energia flui pelos níveis tróficos da cadeia, parte
dela é perdida sob a forma de calor, devido ao processo de
respiração. A respiração oxida principalmente os carboidratos e
lipídios, transferindo energia para a realização de todas as
funções biológicas necessárias à manutenção da vida, como a
divisão celular e a reprodução.
Por isso, a quantidade de energia disponível vai diminuindo à
medida que é transferida pelos diversos níveis da cadeia ou da teia
trófica. A energia perdida em cada nível trófico é de
aproximadamente 90% da energia recebida, restando apenas 10% para o
nível trófico seguinte. De modo geral, quanto menos energia se
perder, mais eficiente será o ecossistema. Essa eficiência
determina a sua produtividade.
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