Reino Metaphyta - Introdução e Estruturas
As plantas são seres
pluricelulares e eucariontes, com as características comuns como
organismos eucarióticos que fazem fotossíntese (utilizando
a luz, ou seja, a energia luminosa, as plantas produzem a glicose,
matéria orgânica formada a partir da água e do gás carbônico que
obtêm do alimento, e liberam o gás oxigênio)
usando clorofilas a
e b
(clorofila
a
como pigmento fotossintetizante, clorofila b
e carotenoides como pigmentos acessórios)
e armazenam seus produtos fotossintéticos. Elas possuem parede
celular rica em celulose e que armazenam amido como reserva. Muitas
espécies de plantas não são capazes de produzir seu próprio
alimento, por essa razão, elas agem de forma parasita, extraindo de
outras plantas os nutrientes necessários para sua sobrevivência.
É um grupo monofilético (mesmo
antepassado, dividindo esse antepassado com algumas algas).
Segundo a hipótese mais aceita, elas evoluíram a partir de
ancestrais protistas. Provavelmente, esses ancestrais seriam tipos de
algas pertencentes ao grupo dos protistas que se desenvolveram na
água. Foram observadas semelhanças entre alguns tipos de clorofila
que existem tanto nas algas verdes como nas plantas. A partir dessas
e de outras semelhanças, supõe-se que as algas verdes aquáticas
são ancestrais diretas das plantas. Há cerca de 500 milhões de
anos, as plantas iniciaram a ocupação do ambiente terrestre. Este
ambiente oferece às plantas vantagens como: maior facilidade na
captação da luz, já que ela não chega às grandes profundidades
da água, e facilidade da troca de gases, devido à maior
concentração de gás carbônico e gás oxigênio na atmosfera.
Esses fatores são importantes no processo da respiração e da
fotossíntese. As plantas adaptadas ao ambiente terrestre apresentam
estruturas que permitem a absorção de água presente no solo e
outras estruturas que impedem a perda excessiva se água.
Podem ser classificadas em
dois grandes grupos:
→ Criptógamas ou
Arquegoniadas: plantas sem flores e sementes, seus órgãos
reprodutivos não são aparentes e também são Assifonógamas (não
apresentam tubo polínico). Pertencem a este grupo as Briófitas e
Pteridófitas.
→ Fanerógamas: plantas com
sementes (espermatófitas) e órgãos reprodutivos aparentes, também
são Sifonógamas (possuem tubo polínico). São classificadas em
duas divisões – as Gimnospermas e as Angiospermas.
Uma característica importante
presente em todas as plantas é a reprodução por metagênese. Neste
tipo de reprodução ocorre uma alternância (gametófito) e diploide
(esporófito). Neste ciclo reprodutivo haplodiplobionte os esporos
são produzidos por meiose e os gametas são produzidos por mitose,
e, nesse processo, a estrutura a onde encontra-se o gametófito
feminino atrai quimicamente o gametófito masculino por um processo
chamado Quimiotactismo
positivo.
Briófitas
Essa divisão compreende vegetais
terrestres com morfologia bastante simples, conhecidos popularmente
como "musgos" ou "hepáticas", mas também há os
antóceros. São organismos eucariontes, pluricelulares, onde apenas
os elementos reprodutivos são unicelulares.
As briófitas são
características de ambientes terrestres úmidas, embora algumas
apresentem adaptações que permitem a ocupação dos mais variados
tipos de ambientes, resistindo tanto à imersão, em ambientes
totalmente aquáticos, como a desidratação quando atuam como
sucessores primários na colonização.
As briófitas são plantas
avasculares de pequeno porte que possuem muitos e pequenos
cloroplastos em suas células. O tamanho das briófitas está
relacionado à ausência de vasos condutores, chegando no máximo a
10 cm em ambientes extremamente úmidos, embora não tenha sido
descoberto até agora nenhuma briófita marinha. A evaporação
remove consideravelmente a quantidade de água para o meio aéreo. A
reposição por absorção é um processo lento. O transporte de água
ao longo do corpo desses vegetais ocorre por difusão de célula a
célula, já que não há vasos condutores e, portanto, é lento.
Há a presença de órgãos
falsos (já que elas são talófitas) - filoides, cauloides e
rizoides que se assemelham a folhas, caules e raízes verdadeiras:
• Rizoides - filamentos que
fixam a planta no ambiente em que ela vive e absorvem a água e os
sais minerais disponíveis nesse ambiente;
• Cauloide - pequena haste de
onde partem os filoides;
• Filoides - estruturas
clorofiladas e capazes de fazer fotossíntese.
Quanto à reprodução,
apresentam a metagênese ou alternância de gerações em que a fase
de gametófito (N) predomina sobre o esporófito (2N). A grande
dependência da água persiste também em sua reprodução, uma vez
que seus gametas masculinos flagelados dependem da água do meio para
nadarem até os gametas femininos.
Nas briófitas, os gametófitos
em geral têm sexos separados. Em certas épocas, os gametófitos
produzem uma pequena estrutura, geralmente na região apical - onde
terminam os filoides. Ali os gametas são produzidos. Os gametófitos
masculinos produzem gametas móveis, com flagelos: os anterozoides.
Já os gametófitos femininos produzem gametas imóveis, chamados
oosferas. Uma vez produzidos na planta masculina, os anterozoides
podem ser levados até uma planta feminina com pingos de água da
chuva que caem e respingam. Na planta feminina, os anterozoides nadam
em direção à oosfera; da união entre um anterozoide e uma oosfera
surge o zigoto, que se desenvolve e forma um embrião sobre a planta
feminina. Em seguida, o embrião se desenvolve e origina uma fase
assexuada chamada esporófito, isto é, a fase produtora de esporos.
No esporófito possui uma haste e uma cápsula. No interior da
cápsula formam-se os esporos. Quando maduros, os esporos são
liberados e podem germinar no solo úmido. Cada esporo, então, pode
se desenvolver e originar um novo ser - a fase sexuada chamada
gametófito. A fase denominada esporófito não tem clorofila; ela é
nutrida pela planta feminina sobre a qual cresce. O esporófito é
considerado uma fase passageira porque morre logo após produzir
esporos.
Classificação
As briófitas mais conhecidas são
as hepáticas e os musgos. As hepáticas são tanto aquáticas quanto
terrestres e seu talo é uma lâmina extremamente delgada. Seu talo
lembra muito um vegetal superior: apresenta-se ereto, crescendo a
partir do solo.
Apesar do aspecto modesto, os
musgos têm grande importância para os ecossistemas. Juntamente com
os liquens, os musgos foram as primeiras plantas a crescer sobre
rochas, as quais desgastam por meio de substâncias produzidas por
sua atividade biológica.
Desse modo, permitem que, depois
deles, outros vegetais possam crescer sobre essas rochas. Daí seu
importante papel nas primeiras etapas de formação dos solos.
Pteridófitas
Como a partir das pteridófitas
todas as plantas possuem vasos condutores de seiva (xilema e floema),
estes grupos juntos são classificados como traqueófitas. Devido a
presença de vasos condutores, elas podem apresentar grande porte,
possuem menor dependência da água em comparação com as briófitas
e já possuem órgãos verdadeiros – raiz, caule e folha
(cormófitas). Algumas espécies se reproduzem assexuadamente por
fragmentação (pedaços do caule), mas o principal tipo de
reprodução é por metagênese ou alternância de gerações.
Na face inferior das folhas
férteis localizam-se estruturas denominadas receptáculos, onde se
localizam os esporângios (ao agrupamento de vários esporângios,
dá-se o nome de soro). Os esporângios são pequenas bolsas no
interior das quais são encontradas as células-mães de esporos (2N)
e que por meiose produziram esporos (N). O esporângio possui na
epiderme um espaçamento formado por uma camada de células que o
envolve, deixando um pedaço de epiderme sem proteção. O esporângio
perde água, torna-se ressecado; a região, sem proteção, rompe-se,
e os esporos são liberados. Caindo em ambiente favorável, germinam,
originando o protalo. O protalo é hermafrodita ou monoico, ou seja,
possui anterídios e arquegônios, nos quais se formam os gametas. A
abertura do anterídio ocorre pela presença de água que provém de
respingos da chuva ou de orvalho.
Com a presença da água, os
anterozoides são liberados. Atingindo o arquegônio, nadam até a
oosfera, fecundando-a e formando o zigoto (2N) que, ao se
desenvolver, origina o esporófito. Na face inicial de
desenvolvimento, o esporófito alimenta-se do gametófito, depois
passa a ter vida independente, e o gametófito regride e desaparece.
Quanto a reprodução, pela
primeira vez o esporófito (2n) torna-se a fase dominante. Embora as
pteridófitas conquistem a terra em comparação com as briófitas,
sua reprodução continua dependente da água uma vez que seus
anterozoides (gametas masculinos) também são flagelados.
O corpo das pteridófitas possui
raiz, caule e folha. O caule das atuais pteridófitas é em geral
subterrâneo, com desenvolvimento horizontal, porém, em algumas
pteridófitas, o caule é aéreo. Em geral, cada folha dessas plantas
divide-se em muitas partes menores chamadas folíolos. A maioria das
pteridófitas é terrestre e, como as briófitas, vive
preferencialmente em locais úmidos e sombreados.
Curiosidade: antes da invenção
das esponjas e das palhas de aço, as pteridófitas eram usadas para
a função de limpeza.
Gimnosperma
As gimnospermas são as primeiras
fanerógamas (órgãos reprodutivos aparentes) e espermatófitas
(plantas com sementes). Possuindo a fase esporófita duradoura e
gametófita temporária.
As gimnospermas possuem raízes,
caule e folhas. Possuem também ramos reprodutivos com folhas
modificadas chamadas estróbilos. Em muitas gimnospermas os
estróbilos são bem desenvolvidos e conhecidos como cones - o que
lhes confere a classificação no grupo das coníferas. As coníferas,
no Brasil, destaca-se a Mata de Araucárias do Sul do país, com os
pinheiros-do-paraná.
As gimnospermas não produzem
frutos. Suas sementes são "nuas", ou seja, não ficam
encerradas em frutos. Devido à grande diversidade, as gimnospermas
foram divididas em quatro classes:
• Coníferas
– árvores de grande porte, tronco espesso, muitos galhos, com
folhas longas e finas, ou curtas em forma de escamas, localiza-se em
regiões mais amenas. Algumas espécies possuem ciclo de vida muito
longo.
• Cicadófitas
– são encontradas em regiões tropicais da Terra. Gimnosperma
primitiva que depende da água para a fecundação, ao contrário das
demais gimnospermas, que independem da água para reprodução.
O gênero Cycas é a espécie
mais conhecida: lembra uma palmeira e é muito utilizada para
ornamentar jardins.
• Gincófitas
– A única espécie vivente pertence à classe Ginkgo biloba, daí
serem consideradas “fósseis vivos”. Suas folhas são delgadas,
em forma de leque. . O Ginkgo é uma árvore dióica, isto é, que
apresenta as estruturas de reprodução masculina e feminina em
indivíduos separados, com crescimento lento atingindo a altura de
aproximadamente 30 metros ou mais; suas folhas apresentam uma
coloração dourada antes da senescência, que ocorre no outono.
É provável
que não haja nenhuma população natural de Ginko em nenhuma parte
do mundo, sendo introduzida em parques e jardins, principalmente por
ser uma espécie resistente à poluição aérea.
• Gnetófitas
– essa classe inclui gêneros que mostram grandes diferenças entre
si. Destacam-se três gêneros:
– Welwitschia mirabilis:
encontradas em regiões áridas como desertos. Ficam enterradas nos
solos arenosos, deixando apenas exposta na superfície um disco
maciço e lenhoso de onde parte duas folhas com forma de fita que se
prolonga pelo chão com o passar dos anos.
– Gnetum: espécies encontradas
nos trópicos úmidos, sendo representado por árvores e trepadeiras
com folhas grandes e coriáceas.
– Ephedra: de onde se extrai a
efedrina, um alcaloide, usado no tratamento de asma e outras doenças.
São constituídas por arbustos com folhas pequenas e escamiformes,
habitando regiões áridas e semiáridas do mundo.
Algumas gimnospermas apresentam
adaptações à perenefolia (plantas que não perdem as folhas,
árvores peneres), apresentando estruturas como folhas aciculadas,
cutícula espessa e raízes profundas que são adaptações que
evitam sua perda d´água excessiva.
Quando o microsporângio se abre,
libera os grãos de pólen, que apresentam bolsas de ar para
facilitar a dispersão pelo vento, até atingirem os cones femininos,
onde penetram na micrópila. Ocorre a formação do tubo polínico
que permite a chegada do núcleo espermático (gameta masculino) até
a oosfera (gameta feminino) para a ocorrência da fecundação e
formação de um embrião diploide. A presença do grão de pólen e
do tubo polínico permite que o gameta masculino seja levado ao
encontro do gameta feminino. Seu esporófito (2n) é a fase
dominante, sendo o gametófito extremamente pequeno: o tubo polínico
é o gametófito masculino e o saco embrionário é o gametófito
feminino.
Os estróbilos são as estruturas
reprodutoras das gimnospermas. Correspondem a um ramo fértil,
responsável pela produção dos esporos. Existem dois tipos de
estróbilos: os que produzem esporos femininos (megásporos) e os que
produzem esporos masculinos (micrósporos). O estróbilo feminino é
chamado megastróbilo e o masculino microstróbilo. Algumas espécies
apresentam árvores só com estróbilos masculinos e árvores com
estróbilos femininos (dioicas), mas na maioria das espécies ambos
são encontrados na mesma árvore (monoicas). Quando os estróbilos
masculinos se abrem eles liberam os grãos de pólen que são levados
pelo vento até o estróbilo feminino. Depois da polinização, os
gametas masculinos atingem o gameta feminino deslizando pelo interior
do tubo polínico. Da fecundação resulta a semente, que irá
germinar produzindo uma nova planta.
Existem dois tipos de estróbilos,
um grande e outro pequeno e, como consequência, há dois tipos de
esporângios e de esporos. Nos estróbilos maiores, considerados
femininos, cada esporângio, chamado de óvulo, produz por meiose um
megásporo (ou macrósporo). O megásporo fica retido no esporângio,
não é liberado, como ocorre com os esporos das pteridófitas.
Desenvolvendo-se no interior do óvulo o megásporo origina um
gametófito feminino. Nesse gametófito surgem arquegônios e, no
interior de cada um deles, diferencia-se uma oosfera (que e o gameta
feminino).
Nos estróbilos menores,
considerados masculinos, cada esporângio - também chamado de saco
polínico - produz por meiose, numerosos micrósporos.
Desenvolvendo-se no interior do saco polínico, cada micrósporo
origina um gametófito masculino, também chamado de grão de pólen
(ou gametófito masculino jovem).
A ruptura dos sacos polínicos
libera vários grãos de pólen, leves, dotados de duas expansões
laterais, aladas. Cada grão de pólen, aderido a uma abertura
existente no óvulo, inicia um processo de crescimento que culmina
com a formação de um tubo polínico, correspondente a um grão de
pólen adulto (gametófito masculino adulto). No interior do tubo
polínico existe dois núcleos gaméticos haploides, correspondentes
aos anterozoides das pteridófitas. Apenas um dos núcleos gaméticos
fecunda a oosfera, gerando o zigoto (o outro núcleo gamético
degenera). Dividindo-se repetidamente por mitose, o zigoto acaba
originando um embrião, que mergulha no tecido materno correspondente
ao gametófito feminino.
Após a ocorrência da fecundação
e da formação do embrião, o óvulo converte-se em semente, que é
uma estrutura com três componentes: uma casa (também chamada de
tegumento), um embrião e um tecido materno haploide, que passa a ser
denominado de endosperma (ou endosperma primário), por acumular
substâncias de reserva que serão utilizadas pelo embrião durante a
sua germinação.
O tegumento do óvulo consiste de
três camadas celulares, uma das quais endurece e origina a casca da
semente. Quando esta semente amadurece, o embrião em seu interior já
apresenta primórdios de raiz, caule e oito folhas embrionárias,
denominadas de cotilédones. Nesse estágio, a semente desprende-se
do estróbilo feminino e cai no solo, onde germinará.
Portanto, ao comparar
gimnospermas coníferas com as pteridófitas, as seguintes novidades
podem ser citadas: estróbilos produtores de óvulos (que, depois,
serão convertidos em sementes), estróbilos produtores de grãos de
pólen, polinização, diferenciação do grão de pólen em tubo
polínico e, por fim, a fecundação independente da água ambiental
(esse tipo de fecundação é conhecido por sifogamia).
Angiospermas
Representa a maior parte das
plantas conhecidas. As Angiospermas são plantas completas, pois
apresentam folhas, caule, raízes, sementes e frutos que envolvem as
sementes para a proteção. As angiospermas arborescentes possuem
três componentes principais: raízes, tronco e folhas.
As raízes são os órgãos
fixadores da árvore ao solo e absorvem água e sais minerais. O
tronco, constituído de inúmeros galhos, é o órgão aéreo
responsável pela formação das folhas, efetuando também a ligação
delas com as raízes. E as folhas são os órgãos onde ocorrerá a
fotossíntese. Cada flor, que aparece periodicamente, é um sistema
de reprodução e é formada pela reunião de folhas modificadas
presas ao receptáculo floral, que possui formato de um disco
achatado.
Após a polinização e a
fecundação, a flor sofre uma modificação extraordinária. De
todos os componentes que foram vistos anteriormente, acabam sobrando
apenas o pedúnculo e o ovário. Todo o restante degenera. O ovário
sofre uma grande modificação, se desenvolve e agora dizemos que
virou fruto. Em seu interior, os óvulos viraram sementes. Assim, a
grande novidade das angiospermas, em termos de reprodução, é a
presença de frutos e a de flor verdadeira. Evolutivamente, as
angiospermas apresentam desenvolvimento e reprodução mais rápidos.
O sistema vascular especializado permitiu a condução mais eficiente
de água e a redução dos gametófitos femininos tornou o ciclo de
vida mais curto. Essas vantagens devem ter permitido às primeiras
angiospermas ocuparem regiões perturbadas e de clima sazonal. Elas
provavelmente surgiram na região tropical, e se espalharam
rapidamente, aproveitando pontes intercontinentais que ainda existiam
na região equatorial durante o início da desintegração da Pangeia
no Cretáceo. Uma hipótese interessante isso ter acontecido é a de
que a coevolução com insetos tenha permitido uma grande irradiação
adaptativa de ambos os grupos.
Obs: O endosperma secundário 3N é uma substância de reserva presente, exclusivamente, nas sementes das angiospermas.
Obs: O endosperma secundário 3N é uma substância de reserva presente, exclusivamente, nas sementes das angiospermas.
Sua classificação tradicional
divide as angiospermas em dois grandes grupos: as monocotiledôneas e
as dicotiledôneas:
Entes as angiospermas,
verificam-se dois tipos básicos de raízes: fasciculadas e
pivotantes. Raízes fasciculadas. Também chamadas raízes em
cabeleira, elas formam numa planta um conjunto de raízes finas que
têm origem num único ponto. Não se percebe nesse conjunto de
raízes uma raiz nitidamente mais desenvolvida que as demais: todas
elas têm mais ou menos o mesmo grau de desenvolvimento. As raízes
fasciculadas ocorrem nas monocotiledôneas.
Raízes pivotantes. Também
chamadas raízes axiais, elas formam na planta uma raiz principal,
geralmente maior que as demais e que penetra verticalmente no solo;
da raiz principal partem raízes laterais, que também se ramificam.
As raízes pivotantes ocorrem nas dicotiledôneas.
Em geral, nas angiospermas
verificam-se dois tipos básicos de folhas: paralelinérvea e
reticulada.
Folhas paralelinérveas. São
comuns nas angiospermas monocotiledôneas. As nervuras se apresentam
mais ou menos paralelas entre si.
Folhas reticuladas. Costumam
ocorrer nas angiospermas dicotiledôneas. As nervuras se ramificam,
formando uma espécie de rede.
O embrião
da semente de angiosperma contém uma estrutura chamada cotilédone.
O cotilédone é uma folha modificada, associada à nutrição das
células embrionárias que poderão gerar uma nova planta.
Sementes de monocotiledôneas:
Nesse tipo de semente, como a do milho, existe um único cotilédone;
daí o nome desse grupo de plantas ser monocotiledôneas (do grego
monos: 'um', 'único'). As substâncias que nutrem o embrião ficam
armazenadas em uma região denominada endosperma. O cotilédone
transfere nutrientes para as células embrionárias em
desenvolvimento.
Sementes de dicotiledôneas:
Nesse tipo de semente, como o feijão, existem dois cotilédones - o
que justifica o nome do grupo, dicotiledôneas (do grego dís:
'dois'). O endosperma geralmente não se desenvolve nas sementes de
dicotiledôneas; os dois cotilédones então armazenam as
substâncias necessárias para o desenvolvimento do embrião.
Esquema de uma flor completa
de Angiospermas
As flores atraem devido à cor,
formato, cheiro ou atrativos alimentares (néctar). Isso permite uma
eficiência maior na polinização sendo, portanto, um grande ganho
evolutivo. Geralmente, as plantas que atraem animais diurnos
apresentam flores vistosas. Já as plantas que atraem animais
noturnos apresentam flores menores, pouco coloridas e com grande
liberação de odores.
Nas anteras ocorre a produção
dos grãos de polens e no ovário encontraremos o óvulo. A
fecundação do óvulo gera a semente e a hipertrofia do ovário gera
o fruto verdadeiro.
Uma flor completa apresenta as
seguintes partes:
• verticilo: conjunto de folhas
modificadas, relacionadas à proteção de outros órgãos. Os
verticilos florais são:
• Cálice – conjunto de
sépalas, as peças florais mais parecidas com folhas, pois
geralmente são verdes. A sua função é proteger a flor quando em
botão. A flor sem sépalas diz-se assépala. Se todo o perianto
apresentar o mesmo aspecto (tépalas), e for semelhante a sépalas
diz-se sepaloide. Neste caso diz-se que o perianto é indiferenciado;
• Corola – conjunto de
pétalas, peças florais geralmente coloridas e perfumadas, com
glândulas produtoras de néctar na sua base, para atrair animais.
Dá-se o nome de perianto ao conjunto de cálice e corola.
• Os órgãos de suporte –
órgãos que sustentam a flor, tais como: pedúnculo – liga a flor
ao resto ramo; receptáculo – dilatação na zona terminal do
pedúnculo, onde se inserem as restantes peças florais;
• androceu: parte masculina da
flor, constituída por folhas modificadas, denominadas estames. O
estame é formado de três partes:
- antera: porção dilatada,
localizada na parte superior do estame, corresponde ao
microsporângio, onde se originam os grãos de pólen (corresponde ao
limbo da folha);
- filete: haste que prende a
antera ao receptáculo floral (corresponde ao pecíolo da folha);
- conectivo: tecido que une as
duas partes da antera.
• gineceu: é a parte feminina
da flor. Constituída por folhas modificadas denominadas pistilos ou
carpelos. Corresponde ao megasporófilo. O pistilo ou carpelos são
constituídos por três partes:
- estigma: porção terminal e
dilatada do carpelo. Apresenta a superfície viscosa com a finalidade
de receber o grão de pólen.
- estilete: haste de comunicação
entre o estigma e o ovário.
- ovário: base dilatada do
carpelo. Em seu interior ocorre a formação de óvulos.
Geralmente o estigma é mais alto
que as anteras, de modo a dificultar a autopolinização.
A grande maioria das flores das
angiospermas é hermafrodita (apresenta androceu e gineceu),
facilitando a autofecundação. Mas a autofecundação apresenta
desvantagem para as espécies, impedindo a variabilidade de
caracteres. Para impedir a autofecundação, as flores possuem
adaptações que impedem o processo e facilitam a fecundação
cruzada (entre flores diferentes), tais como:
- hercogamia: ocorrência de uma
barreira entre a antera e o estigma
- protandria: androceu amadurece
antes do gineceu.
- protoginia: gineceu amadurece
antes do androceu.
No entanto, indivíduos de
algumas espécies não apresentam esses mecanismos, e aproveita de
seu próprio pólen para produzir sementes e garantir a estabilidade
de sua população, sendo assim, autopolinizando-se.
Polinização
Polinização é o ato da
transferência de células reprodutivas masculinas, ou seja: os grãos
de pólen que estão localizados nas anteras de uma flor para o
receptor feminino estigma de outra flor, ou para o seu próprio
estigma. Pode-se dizer que a polinização é o ato sexual das
plantas espermatófitas, já que é através deste processo em que o
gameta masculino pode alcançar e fecundar o gameta feminino.
Quando os microsporângios se
abrem, libertam os grãos de pólen, que, por serem alados, são
carregados até os cones femininos, onde penetram pela micrópila
(orifício do óvulo). Os grãos de pólen germinam e emitem o tubo
polínico estrutura que cresce em direção ao óvulo. No interior do
tubo polínico, por mitose, o núcleo reprodutivo origina dois
espermáticos, que são os gametas masculinos. Por isso, o tubo
polínico, local onde se formam os gametas masculinos, é chamado de
gametófito masculino. Um dos núcleos espermáticos fecunda a
oosfera, e o outro degenera. O zigoto formado passa por sucessivas
mitoses, originando o embrião (2N). O embrião se desenvolve no
interior do gametófito feminino, alimentando-se dele. Ao mesmo
tempo, o tegumento do megasporângio torna-se rígido e formará a
casca ou tegumento da semente.
A transferência de pólen pode
ser através de fatores bióticos, ou seja, com auxílio de seres
vivos, ou abióticos, através de fatores ambientais. Os tipos gerais
de polinização são os seguintes:
Anemofilia: através do
vento;
Cantarofilia: besouro;
Psicofilia: borboleta;
Falenofilia: mariposa;
Hesperfilia:
anfíbios e répteis;
Entomofilia: polinização
através de insetos;
Ornitofilia: polinização
feita por aves;
Hidrofilia: através da água;
Artificial: através de
técnicas de manipulação humana (antropofilia);
Quiropterofilia: polinização
feita por morcegos;
Zoocoria: dispersão pelos
animais. Quando o animal ingere as sementes e as defeca intatas
(zoocoria endozoica). Ou, também, expansões que se fixam no corpo
de animais, que as transportam para outras regiões (zoocoria
epizoica).
OBS.: Entre as Gimnospermas a
polinização é quase sempre anemófila. Especula-se que isso seja
consequência do momento em que estas plantas evoluíram, quando não
haviam insetos especializados na coleta de pólen. A pequena
variedade de meios de polinização neste grupo reflete-se na pouca
variação morfológica de suas estruturas reprodutivas
Curiosidade:
Frutos - É
um órgão reprodutivo resultante da hipertrofia do ovário floral.
Tem como funções: proteger e muitas vezes participar do processo de
dispersão das sementes, eles pode ser:
Pseudofrutos
– Ocorrem quando a parte carnosa e protetora da semente é formada
por outra estrutura diferente do ovário;
Fruto
Partenocárpico - São frutos nos quais ocorre a hipertrofia de uma
peça floral sem que tenha ocorrido a fecundação do óvulo (a
fecundação do óvulo origina uma semente), ou seja, são frutos sem
semente.
Curiosidades: As plantas carnívoras também fazem fotossíntese, porém, elas precisam diger suas presas e absorvem os nutrientes que não conseguem obter do solo onde vivem, como por exemplo, o nitrogênio.
Deixarei aqui uma playlist feita por uma canal super interessante e muito válido ser visto:
Botânica
Curiosidades: As plantas carnívoras também fazem fotossíntese, porém, elas precisam diger suas presas e absorvem os nutrientes que não conseguem obter do solo onde vivem, como por exemplo, o nitrogênio.
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