Relevo
A
superfície terrestre é composta por diferentes tipos de relevo:
montanhas, planícies, planaltos e depressões. As diferentes feições
da superfície formam os diferentes tipos de relevo.
Tudo
o que vemos hoje como formações do relevo terrestre teve início há
bilhões de anos, quando a crosta da Terra começou a se solidificar.
Essa crosta se movimentam continuamente. São as placas tectônicas,
flutuando sobre o magma derretido no interior da Terra, que fazem com
que montanhas se elevem e que aconteçam terremotos, mudando o
aspecto físico de uma região, ou com a presença do vento e da
chuva, que provocam erosões e causam as modificações. Mesmo
obedecendo a uma outra escala de tempo, a das Eras
Geológicas,
as forças da Terra estão constantemente refazendo o relevo.
Essas modificações são causadas especialmente pelos agentes modeladores do relevo que agem internamente (interior da Terra, também conhecida como endógena, mais especificamente, no Manto) ou externamente (fora do interior da Terra, também conhecida com exógena).
Essas modificações são causadas especialmente pelos agentes modeladores do relevo que agem internamente (interior da Terra, também conhecida como endógena, mais especificamente, no Manto) ou externamente (fora do interior da Terra, também conhecida com exógena).
Para melhor analisar e compreender a forma com que essas dinâmicas se revelam, foi elaborada uma classificação do relevo terrestre com base em suas características principais, dividindo-o em quatro diferentes formas de relevo: as montanhas, os planaltos, as planícies e as depressões.
Montanhas
As
montanhas são formas de relevo que se caracterizam pela elevada
altitude em comparação com as demais altitudes da superfície
terrestre (sua
altura é acima de 3000 metros).
Quando tidas em conjunto, elas formam cadeias chamadas de
cordilheiras,
a exemplo da Cordilheira dos Andes, na América do Sul, e da
Cordilheira do Himalaia, na Ásia.
Existem
diferentes processos responsáveis pela formação das montanhas. Por
isso, há quatro tipos diferentes, classificados conforme a sua
gênese: as vulcânicas,
formadas pela ação e composição dos vulcões; as dobradas,
que
são as mais comuns, sendo formadas pela constituição dos
dobramentos
terrestres resultantes
do tectonismo de
aproximação;
as erodidas,
formadas a partir da erosão de suas áreas de entorno durante um
lento processo de desgaste da superfície; e as falhadas,
aquelas que surgem a partir dos falhamentos
dos
blocos rochosos, também
provindo do tectonismo, porém, de afastamento\deslocamento vertical
ou horizontal, que geram uma ruptura entre dois blocos terrestres,
ficando soerguidos um sobre o outro
As montanhas dobradas são mais recorrentes porque são as mais jovens, com formação provável durante o período terciário da Era Cenozoica e, portanto, com menos tempo para desgastarem-se e deixarem de ser montanhas. As formações mais famosas são desse tipo, como a Cordilheira do Himalaia, na Ásia; os Andes, na América do Sul; os Alpes, na Europa; e as Rochosas, na América do Norte.
Ainda
sobre as montanhas, temos os vale,
que
são depressões
alongadas e estreitas, situadas entre montanhas, normalmente
resultado da ação erosiva de um rio ou glaciar.
Planaltos
Os
planaltos são áreas com uma relativa altitude (maior
que 200 m)
e uma superfície mais ou menos plana, com limites bem nítidos,
estes geralmente constituídos por escarpas ou serras. Apesar de
serem entendidos como áreas planas, suas superfícies são mais
acidentadas do que as das planícies, com um maior número de serras
e ondulações em suas paisagens, além de ser o tipo de relevo onde
encontramos as chapadas. Os planaltos também podem ser definidos como sendo porções residuais salientes no relevo, que oferecem mais resistência aos processos
erosivos.
Existem
três principais tipos de planaltos: os cristalinos,
formados por rochas cristalinas (ígneas intrusivas e metamórficas)
e compostos por restos de montanhas que se erodiram com o tempo; os
basálticos,
formados por rochas ígneas extrusivas (ou vulcânicas) originadas de
antigas e extintas atividades vulcânicas; e os sedimentares,
formados por rochas sedimentares que antes eram baixas e que sofreram
o soerguimento pelos movimentos internos da crosta terrestre, são
montanhas antigas que foram erodidas ou resultaram da geodinâmica
interna.
No
Brasil, temos como exemplo desse tipo de relevo o Planalto
Central, localizado em território dos estados de Goiás, Minas
Gerais,
Tocantins, Mato Grosso e Mato Grosso do Sul e o Planaltos e Bacias da Bacia do Paraná.
Os
planaltos, por serem geralmente mais altos dos que as planícies,
apresentam o predomínio de processos erosivos. Isso quer dizer que o
desgaste do solo é maior do que o acúmulo de sedimentos, que
costuma deslocar-se para áreas mais baixas. Quase sempre os
planaltos estão cercados por depressões relativas, tal como costuma
ocorrer no território brasileiro.
Dentre
os planaltos, temos os seguintes subgrupos:
—
Escarpas:
As
escarpas geralmente são formadas pela erosão diferencial de rochas
cristalinas ou pelo movimento vertical da crosta terrestre ao longo
de uma falha geológica. Em outras palavras, rampas aclíveis que
surgem nas bordas de planaltos. Frequentemente as escarpas estão na
transição entre uma série de rochas sedimentares para outra série
de uma composição e datação diferente. As escarpas que são
formadas por falhas geológicas surgem quando uma falha move a
superfície terrestre de modo a que um lado fique mais alto que o
outro, dando origem a uma escarpa de falha. Ou seja, escarpas é uma
elevação súbita do solo, podendo
até mesmo ser vertical,
também
sendo chamadas de rampa ou aclives.
— Chapadas:
são formas de escarpas e topo plano. Situam-se a altitudes acima de
600 metros.
— Morros:
são formas de relevo com topos arredondados e altitudes entre 300 e
900 metros.
— Serra:
são formadas por cadeiras de morros pontiagudos, com altitudes que
podem variar entre 600 e 3000 metros.
—
Colinas:
são
elevações
de altitude inferior a 400m, têm formas arredondadas e fraco
declive, as vertentes são pouco inclinadas.
Planícies
São áreas planas e com baixas altitudes, normalmente muito próximas ao nível do mar (inferior a 200 metros). Encontram-se, em sua maioria, próximas a planaltos, formando alguns vales fluviais ou constituindo áreas litorâneas. Caracterizam-se pelo predomínio do processo de acumulação e sedimentação, uma vez que recebem a maior parte dos sedimentos provenientes do desgaste dos demais tipos de relevo.
São áreas planas e com baixas altitudes, normalmente muito próximas ao nível do mar (inferior a 200 metros). Encontram-se, em sua maioria, próximas a planaltos, formando alguns vales fluviais ou constituindo áreas litorâneas. Caracterizam-se pelo predomínio do processo de acumulação e sedimentação, uma vez que recebem a maior parte dos sedimentos provenientes do desgaste dos demais tipos de relevo.
As
planícies são, em geral, o tipo de relevo mais propício para a
ocupação humana. No entanto, em regiões próximas a grandes cursos
d'água, existem os riscos de enchentes, haja vista que os rios, em
períodos de cheia, podem expandir-se muito rapidamente sobre vastas
áreas, pois não há uma declividade muito acentuada no relevo capaz
de deslocar rapidamente as águas para outras áreas. Essa ocorrência
é chamada de planícies
de inundação.
Em
geral, as planícies costumam ser litorâneas,
embora nem toda área de litoral constitua uma planície, e fluviais,
próximas a leitos de rios. Uma planície fluvial muito conhecida no
Brasil e no mundo é a do Rio Amazonas, que, por ser quase que
totalmente plana, possui um baixo potencial hidroelétrico, uma vez
que a declividade e a velocidade da água são baixas.
No
Brasil, além da Planície Amazônica, encontramos as seguintes
principais planícies: Planície
Litorânea, Planície do Pantanal e a Planície da Lagoa dos Patos e Mirim, dentre outras.
Depressão
São
áreas rebaixadas que apresentam as menores altitudes da superfície
terrestre. Quando uma localidade é mais baixa que o seu entorno,
falamos em depressão
relativa,
e quando ela se encontra abaixo do nível do mar, temos a depressão
absoluta.
O mar morto, no Oriente Médio, é a maior depressão absoluta do
mundo, ou seja, é a área continental que apresenta as menores
altitudes, com cerca de 396 metros abaixo do nível do mar.
A
formação das depressões costuma acontecer de duas formas: a
primeira é pelo seu desgaste ou erosão ao longo de milhares de
anos, o que é causado pela sua composição menos resistente do que
a de outras áreas em seu entorno, isso é, constituem as depressões as áreas rebaixadas por erosão que circundam as bordas das bacias sedimentares, interpondo-se entre essas e os maciços cristalinos, e a segunda é pelos movimentos
epirogenéticos da
Terra, quando uma região lentamente “afunda” em razão das
forças endógenas do planeta.
Nas depressões, diferentemente das planícies, os processos de sedimentação não superam os de erosão.
No
Brasil, temos a Depressão Sul Amazônica sendo a mais importante e
destacável. Outros exemplos são a Depressão Cuiabana, a Depressão do Tocantins e a Depressão Periférica Sul-Rio Grandense,
dentre outras.
Formação
e Modificação dos Relevos:
A
evolução do relevo depende do balanço da ação dos vários
agentes:
Agentes
Externos\Exógenos
- “Destruidores”
do relevo: por
ação destes agentes, as formas de relevo são alteradas, são
forças que agem sobre o relevo, acentuando-lhe ou aumentando-lhe as
diferenças e os desníveis.. Os agentes erosivos responsáveis pela
alteração são:
–
As
águas da chuva – erosão pluvial, a
enxurrada é um dos processos mais importantes envolvendo a água da
chuva. Enxurrada é uma grande quantidade de água que corre com
violência, resultante de chuvas abundantes. Essa violência das
águas tem um grande poder erosivo. Em terrenos inclinados, sem
cobertura vegetal, as enxurradas podem desenhar desde sulcos
superficiais até outros mais profundos, chamados ravinas. No Brasil,
a ação combinada das enxurradas e das águas subterrâneas causa as
voçorocas, enormes buracos que destroem trechos de terra
cultiváveis, prejudicando a agricultura.
– Os rios – erosão fluvial;
– O mar – erosão marinha, também conhecida como Abrasão Marinha quando é resultante à ação contínua das ondas que atacam a base e os paredões rochosos do litoral. Esse fenômeno acaba causando o desmoronamento de blocos de rochas e o consequente afastamento desses paredões. Daí originam-se as costas altas que são chamadas de falésias.
– O vento – erosão eólica;
– Os rios – erosão fluvial;
– O mar – erosão marinha, também conhecida como Abrasão Marinha quando é resultante à ação contínua das ondas que atacam a base e os paredões rochosos do litoral. Esse fenômeno acaba causando o desmoronamento de blocos de rochas e o consequente afastamento desses paredões. Daí originam-se as costas altas que são chamadas de falésias.
– O vento – erosão eólica;
–
O
gelo – erosão glaciária.
As
geleiras são as principais modificações ocasionadas pelo gelo,
elas são extensas massas de gelo que começam a se formar em locais
muito frios, devido ao não-derretimento da neve durante o verão. O
peso das camadas de neve acumuladas durante invernos seguidos acaba
por transformá-la em gelo. Quando essa massa de gelo se desloca,
realiza um trabalho de erosão nas rochas que as cercam, formando
vales em forma de U;
–
Os
seres vivos – erosão biológica. O
acúmulo de dejetos biológicos é um tipo de intemperismo biológico.
–
A
exposição ao ar – meteorização. O
vento está carregado com pequenas partículas que ao atingirem uma
rocha, acumula-se;
–
As
diferenças de temperatura\variação
térmica – um tipo de intemperismo físico. Em
locais de climas com alta amplitude térmica diária, como no deserto
do Saara, a grande variação de temperatura entre o dia e a noite,
provoca a dilatação e a contração constantes das rochas que
acabam por quebrar;
—
Temperatura – intemperismo químico. O
intemperismo químico ocorre quando as rochas sofrem desgaste pela
ação química da água e das substâncias que se encontram
dissolvidas nela. As reações químicas, que se intensificam em
climas mais quentes, desestruturam a camada superior exposta das
rochas, fazendo com que elas comecem a se desfazer em pequenos
pedaços, os quais chamamos de sedimentos. O
processo também ocorre em outros tipos de regiões, principalmente
as com grande concentração de água, onde esta entra pelas
rachaduras das rochas e desintegrando-as;
— Ação
Antrópica – modificações que o homem realiza no relevo.
Agente
Internos\Endógenos – Originadores e Modeladores dos
Relevos
— O
Tectonismo. Também conhecido por diastrofismo,
consiste em movimentos decorrentes de pressões vindas do interior da
Terra, agindo na crosta terrestre. Quando as pressões são
verticais, os blocos continentais sofrem levantamentos, abaixamentos
ou sofrem fraturas ou falhas. Quando as pressões são horizontais,
são formados dobramentos ou enrugamentos que dão origem às
montanhas. As consequências do tectonismo podem ser várias, como
por exemplo a formação de bacias oceânicas, continentes, platôs e
cadeias de montanhas.
Os
movimentos tectônicos podem ser classificados em dois tipos. São
eles a orogênese, que refere-se ao movimento orogenético,
relativamente rápido e que ao manifestar-se acaba dobrando, falhando
e deformando as camadas rochosas. Como exemplo de um movimento
orogenético, podemos citar os terremotos que, quando associados ao
vulcanismo, correspondem a sinais anteriores ou posteriores de um
tectonismo mais amplo. A orogênese nada mais é do que a elevação
de uma grande área terrestre que acaba dando origem a cadeias de
montanhas. Podemos dizer, portanto, que os terremotos e o vulcanismo
são efeitos posteriores a esse levantamento nos Andes. Os sismos e o
vulcanismo da faixa de Java ao Japão, entretanto, é um pouco
diferente, sendo sinais precursores de uma grande cadeia de montanhas
que ainda tomará forma na região.
A
epirogênese, por sua vez, é caracterizada por sua lentidão, além
de abranger áreas continentais e não ter força
para deformar as estruturas rochosas, não produzindo,
portanto, falhas ou dobras. Esse movimento, além disso, não está
associado nem aos sismos e nem ao vulcanismo, sendo mais comumente
encontrado em regiões mais estáveis da crosta terrestre. Atinge
regiões de dimensões continentais, e acaba por formar arqueamentos,
abaciamentos de grandes conjuntos montanhosos, ou ainda
intumescências. Esses arqueamentos podem ter tamanhos diferenciados
em diferentes pontos, assim como podem ser levantamentos em
determinadas regiões e abaixamentos em outras.
— O
Vulcanismo. É a ação dos vulcões. Chamamos de vulcanismo o
conjunto de processos através dos quais o magma e seus gases
associados ascendem através da crosta e são lançados na superfície
terrestre e na atmosfera. Os materiais expelidos podem ser sólidos,
líquidos ou gasosos, e são acumulados em um depósito sob o vulcão,
até que a pressão faça com que ocorra a erupção. As lavas
escorrem pelo edifício vulcânico, alterando e criando novas formas
na paisagem.
— Abalos
Sísmicos ou Terremotos. Um terremoto ou
sismo é um movimento súbito ou tremor na Terra causado pela
liberação abrupta de esforços acumulados gradativamente. Esse
movimento propaga-se pelas rochas através de ondas sísmicas (que
podem ser detectadas e medidas pelos sismógrafos). O ponto do
interior da Terra onde se inicia o terremoto é o hipocentro ou foco.
O epicentro é o ponto da superfície terrestre onde ele se
manifesta. A intensidade dos terremotos é dada pela Escala Richter,
que mede a quantidade de energia liberada em cada terremoto.
O
Relevo Brasileiro
A
classificação mais utilizada para o relevo do Brasil é a
metodologia estabelecida pelo geógrafo brasileiro Jurandyr Ross, em
1989. Segundo ele, o relevo brasileiro é dividido em planaltos,
planícies e depressões e leva em consideração a morfoestrutura
(origem geológica), o morfoclima (influência dos atuais agentes climáticos) e o paleoclima (ação de antigos agentes climáticos), além da análise da morfoescultural (ação de agentes externos).
Note que o Brasil está localizado em uma grande placa tectônica, a placa sul-americana, o que impede o choque com outras placas, evitando, dessa forma, a existência de fenômenos naturais tais quais os terremotos e os maremotos.
Em
síntese, o relevo brasileiro apresenta as seguintes características:
-
Trata-se de um relevo de formação muito antiga e bastante trabalhado pela erosão;
-
Apresenta boa variedade de formas: planaltos, planícies e depressões;
-
Apresenta altitudes modestas, visto que 93% de sua área total tem altitudes inferiores a 900 metros;
-
O planalto é a forma de relevo predominante (58,5% da área total), seguido pela planície (41%). O pico da Neblina é o único ponto cuja altitude que quase ultrapassa 3 mil metros (2994 metros, quase sendo uma montanha)
A
Estrutura Geológica do Brasil
A
estrutura
geológica do Brasil é
formada por escudos cristalinos, bacias sedimentares e terrenos
vulcânicos.
Ela
é bem distinta do resto da América do Sul, em que há existência
de dobramentos modernos, tal qual a Cordilheira dos Andes.
Escudos
Cristalinos
Formado
durante o período Pré-Cambriano
(mais
de 550 milhões de anos),
esse tipo de estrutura geológica é a mais antiga do território
brasileiro, naturalmente
muito erodida.
Está presente em aproximadamente 36% país dos quais se destacam:
Escudo das Guianas, Escudo do Brasil Central e Escudo Atlântico. Por
ser um relevo de rígida
estrutura, os
recursos minerais mais encontrados nesse tipo de estrutura são o
granito, o ferro e o manganês.
Bacia
Sedimentar
As
bacias sedimentares são um tipo de estrutura geológica mais recente
(formada nas eras paleozoica, mesozoica e cenozoica). Cobrem quase
60% do território brasileiro das quais se destacam: Bacia sedimentar
do Amazonas, do São Francisco, do Pantanal, da Parnaíba e do
Paraná.
São
terrenos de depressão onde foram depositados e compactados diversos
sedimentos durante milhares de anos, sendo
muitas vezes representada pelas planícies.
Por
receberem sedimentos de diferentes origens, as bacias sedimentares
possuem as reservas de combustíveis fósseis (bacias de carvão e de
petróleo) e se tornam áreas de intensa exploração.
Terrenos
Vulcânicos
Cerca
de 5% do território apresente esse tipo de estrutura. Atualmente, o
Brasil não apresenta nenhum vulcão ativo, no entanto, já teve
atividade vulcânica, cerca de 2 bilhões de anos atrás.
Algumas
ilhas se formaram através de processo de vulcanismo, das quais se
destacam: Fernando de Noronha (Pernambuco) e Trindade (Rio de
Janeiro). Os minerais mais encontrados nesse tipo de estrutura são
constituídos por rochas magmáticas (ou ígneas), as quais são
formadas pelas lavas do vulcão: o diabásio e o basalto.
O
relevo do Brasil está intimamente relacionado com a formação
geológica de cada local.
OBS:
o único tipo de relevo não encontrado no Brasil é o Dobramento
Moderno, sendo válido ressaltá-lo:
Dobramentos
Modernos: São
grandes formações montanhosas originadas por choques de placas
tectônicas (por
isso formam os grandes dobramentos). As
áreas de encontro de placas tectônicas são espaços que
recorrentemente sofrem com terremotos
e
atividades
vulcânicas, por
serem regiões instáveis.
Os
dobramentos modernos também são reconhecidos por serem relevos
de grande altitude e
com formato pontiagudo
(por
ser mais recente, tende a ser menor erodido).
A altitude
também
influencia na formação de grandes
rios,
pois, os topos das montanhas são áreas congeladas, que
ao derretem-se, formam-se as nascentes dos rios.
As
rochas predominantes nessas áreas são as ígneas e as metamórficas,
haja vista que as rochas sedimentares são recorrentes em áreas mais
antigas.
Dobras
e Falhas
As
dobras e as falhas na formação do relevo são provenientes de
movimentos ocorridos nas placas litosféricas.
Os
variados tipos de relevos existentes no planeta são resultados de
uma série de agentes modeladores que podem ser internos ou externos.
No caso das dobras e falhas, são agentes internos ou endógenos,
provenientes de movimentos ocorridos nas placas litosféricas.
As dobras, chamadas também de dobramentos, se constituem a partir de gigantescas pressões que acontecem de maneira horizontal, exercendo uma grande força sobre rochas de composições mais frágeis, como por exemplo, as sedimentares, esse fenômeno propicia o enrugamento do relevo.
As dobras, chamadas também de dobramentos, se constituem a partir de gigantescas pressões que acontecem de maneira horizontal, exercendo uma grande força sobre rochas de composições mais frágeis, como por exemplo, as sedimentares, esse fenômeno propicia o enrugamento do relevo.
Já
as falhas, ou falhamentos, são formadas a partir de movimentos
provocados por enormes pressões que sucedem de maneira vertical e
horizontal, exercendo uma grande força sobre rochas mais sólidas e
rígidas, como por exemplo, as cristalinas. Na execução do
fenômeno, formam rupturas ou fendas nas extensões das rochas. Com
isso, acontece o deslizamento entre as rochas. Tais movimentos são
responsáveis pelo surgimento de escarpas e vales. As falhas podem
surgir também em locais onde acontecem encontros de placas
litosféricas.
Vulcanismo
e Relevo
Chama-se
vulcanismo as diversas formas pelas quais o magma do interior da
Terra chega até a superfície. Os materiais expelidos podem ser
sólidos, líquidos ou gasosos (lavas, material piroclástico e
fumarolas, respectivamente).
Esses materiais acumulam-se em
um
depósito sob o vulcão até que a pressão gerada faça com que
ocorra a erupção. As lavas escorrem pelo edifício vulcânico,
alterando e criando novas formas na paisagem. O relevo vulcânico
caracteriza-se pela rapidez com que se forma e com que pode ser
destruído.
A
maioria dos vulcões da Terra está concentrada no
Círculo
de Fogo do Pacífico: desde a Cordilheira dos Andes até as
Filipinas, onde se concentram 80% dos vulcões da superfície.
Os
vulcões se estabelecem, em geral, em regiões que limitam placas
tectônicas, salvo o vulcanismo ligado ao ponto quente, neste caso
esse processo pode ocorrer no interior de uma placa.
Em
termos de classificação, existe o vulcanismo primário – ligado
diretamente aos vulcões – e o vulcanismo secundário – ligado a
atividades vulcânicas em geral, tais como gêiseres, fontes termais
etc.
Podemos
classificar as erupções vulcânicas em três tipos principais: as
efusivas(que
emitem lava), as explosivas
(que
emitem fragmentos de rocha sólida, chamados de piroclastos) e as
mistas
(que
emitem lavas e piroclastos).
É
importante lembrar que magma e lava são termos diferentes: o
primeiro é o conjunto de materiais sólidos em estado de fusão
localizado no manto terrestre; o segundo é a transformação do
magma quando chega à superfície, perdendo boa parte de seus gases.
Além
de modificar o relevo, os vulcões podem alterar o clima. Quando as
cinzas são lançadas para muito alto, elas podem sofrer uma menor
influência da gravidade e pairar na atmosfera durante muitos anos,
bloqueando parte dos raios solares e contribuindo para a diminuição
das temperaturas. Em regiões oceânicas, as erupções podem
provocar o aquecimento das águas e o surgimento de massas de ar
quente.
É
preciso ressaltar que o vulcanismo, junto
com
o tectonismo e os abalos sísmicos, compreende agentes internos
modeladores do relevo.
O
vulcanismo como agente modelador do relevo é responsável pelo
surgimento das montanhas e dos planaltos. Na formação de montanhas,
toda a lava que é emitida vai sendo armazenada nas proximidades de
onde sai todo o material magmático. Desse modo, após vários
processos dessa natureza, a montanha é constituída.
Já
a formação dos planaltos a partir do fenômeno do vulcanismo ocorre
a partir de lavas que são expelidas através de fendas dispostas na
crosta e logo se dispersam ao longo da superfície. Ao ser resfriada,
a lava se transforma em rochas de origem magmática. No Brasil
existem planaltos de origem vulcânica, os quais se formaram há
milhões de anos e estão situados ao longo da bacia hidrográfica do
rio Paraná.
Todos
os Tipos provindos do Vulcanismo:
Vulcões Escudo
O
magma basáltico expulso de uma abertura central cria um extenso
relevo imperceptível com um gradiente entre dois e três graus. Uma
série dessas erupções cria uma paisagem quase plana de fluxos de
lava em camadas, conhecidas como basaltos de inundação.
Cones de Cinzas
Os
cones de cinzas são os relevos vulcânicos mais comuns. Os cones são
acumulações de lava, cinzas e fragmentos de rocha, formando uma
colina íngreme em torno da principal abertura de um vulcão escudo
ou estratovulcão.
Caldeiras
As
caldeiras se formam quando uma violenta explosão de lava andesítica
ou riolítica explode o topo da cúpula do vulcão, deixando uma
depressão enorme. A ilha grega de Santorini, no Mediterrâneo, é
parte de uma grande caldeira debaixo d'água.
Estratovulcões
Os
estratovulcões consistem em camadas de lava intermediária alternada
com uma mistura de carbonato de sódio e fragmentos de lava,
conhecidos como material piroclástico. Quanto maior a viscosidade
dela, mais íngremes as encostas criadas, chegando até 30°.
Lago vulcânico
Um
lago vulcânico é um acumulo de água dentro de uma cratera
vulcânica. Seu processo de criação começa quando o magma dentro
do vulcão aquece as águas subterrâneas e converte-as em vapor. Uma
subsequente erupção explode as rochas ao redor da abertura
vulcânica, fazendo uma cratera íngreme de paredes. Ao longo do
tempo, estas paredes desmoronam na abertura. Caso a nova cratera
resultante seja mais profunda do que o nível do lençol freático da
área circundante, ela se encherá de água até a próxima erupção.
Abalos
Sísmicos
A
movimentação das placas tectônicas pode provocas abalos sísmicos
e erupções vulcânicas na superfície terrestre. Os abalos
sísmicos, também conhecidos como terremotos,
são causados pela acomodação das grandes porções de rochas no
subsolo. Quando isso ocorre é produzida uma vibração que pode se
propagar por milhares de quilômetros e se refletir na superfície de
um continente ou no fundo os oceanos.
O
local em que se originam as vibrações é denominado hipocentro e a
região da superfície terrestre ou do fundo oceânico, na qual as
vibrações se refletem mais intensamente é chamada de epicentro.
Os
estragos que um terremoto pode causar em um determinado lugar variam
de acordo com três fatores: a intensidade original das vibrações
no hipocentro, a distância
entre
este e o epicentro, a distância do lugar em questão até o
epicentro e a intensidade da ocupação deste lugar. Quanto mais
próximo o lugar estiver do epicentro e este do hipocentro, e quanto
mais intensa for a ocupação humana, maior será a tragédia.
Quando
o epicentro do terremoto ocorre no fundo do mar, forma-se um
maremoto. Neste caso, além de haver uma brusca alteração no relevo
submarino, são produzidas ondas gigantescas que podem arrasar ilhas
e cidades costeiras.
Tanto
no caso dos vulcões como dos terremotos, a probabilidade
da
ocorrência é bem maior nas regiões de encontro de placas
tectônicas, devido à intensidade de choque e transformações
causadas nas estruturas das placas, nestas regiões.
Curiosidades:
No
estudo dos relevos, temos dois principais instrumentos auxiliares:
*
Mapa Topográfico – representa o relevo por curvas de nível
(linhas que unem pontos de igual altitude).
*
Mapa Hipsométrico – representa a altitude através da gradação
de cores.
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