Religião e os Principais Sociólogos
Weber, em seu livro
“A Ética Protestante e o Espírito do Capitalismo” faz
exatamente uma análise de como a religião protestante influenciou a
ascensão do capitalismo na Europa. Para Marx, a religião é
responsável pela alienação do povo. Por fim, para Durkheim, as
religiões possuem a característica de reforçar os laços sociais e
contribuir para a solidariedade dos seus membros.
Ainda segundo Émile
Durkheim, em sua obra “As Formas Elementares da Vida Religiosa”
pode ser encontrado na página 19 da edição de 1996 um trecho que
exemplifica alguns de seus pensamentos mais aprofundados sobre a
religião: “os fenômenos religiosos classificam-se naturalmente em
duas categorias fundamentais: as crenças e os ritos. As primeiras
são estados da opinião, consistem em representações; os segundos
são modos de ação determinados. Entre esses dois tipos de fatos,
há exatamente a diferença que separa o pensamento do movimento. Os
ritos só podem ser definidos e distinguidos das outras práticas
humanas, notadamente das práticas morais, apenas pela natureza
especial do seu objeto. Com efeito, uma regra moral, assim como um
rito, nos prescreve maneiras de agir, mas que se dirigem a objetos de
um gênero diferente. Portanto, é o objeto do rito que precisaríamos
caracterizar para podermos caracterizar o próprio rito. Ora, é na
crença que a natureza especial desse objeto se exprime. Assim, só
se pode definir o rito após se ter definido a crença. Todas as
crenças religiosas conhecidas, sejam elas simples ou complexas,
apresentam um mesmo caráter comum: pressupõem uma classificação
das coisas, reais ou ideais, que os homens concebem, em duas classes,
em dois gêneros opostos, designados geralmente por dois termos
distintos que as palavras “profano” e “sagrado” traduzem
bastante bem. A divisão do mundo em dois domínios que compreendem,
um, tudo o que é sagrado, outro, tudo o que é profano, tal é o
traço distintivo do pensamento religioso: as crenças, os ritos, os
gnomos, as lendas, são representações ou sistemas de
representações que exprimem a natureza das coisas sagradas, as
virtudes e os poderes que lhes são atribuídos, sua história, suas
relações mútuas e com as coisas profanas. Mas por coisas sagradas,
convém não entender simplesmente esses seres pessoais que chamamos
deuses ou espíritos: um rochedo, uma árvore, uma fonte, um seixo,
um pedaço de madeira, uma casa, em uma palavra, uma coisa qualquer
pode ser sagrada”.
Comentários
Postar um comentário