Ciclos Biogeoquímicos
CICLO
DA ÁGUA
A
água é o composto inorgânico mais abundante, tanto na constituição
dos seres vivos como no ambiente. O ciclo da água pode ser dividido
em ciclo curto e ciclo longo. No ciclo curto as águas contidas nos
mares, rios, lagos, a que se encontra misturada com o solo, é
aquecida pelo calor do sol, evapora-se do ambiente e se condensa em
forma de nuvens na atmosfera, devido ao resfriamento em maiores
altitudes. Depois, ocorre a precipitação na forma líquida, como
chuva ou neblina, ou na forma sólida, como neve ou granizo, voltando
novamente à terra. No ciclo longo, participam os seres vivos, no
processo de respiração, transpiração e excreção.
Obs: algumas interferências de ações antrópicas no Ciclo da Água:
Na região amazônica, em associação com o acúmulo pluviométrico já vindo do litoral e a evaporespiração das plantas, há a formação de um fenômeno chamado "Rios Voadores", nome recebido pelo alto potencial pluviométrico. As grandes nuvens formadas são levadas para a região dos Andes, porém, as Cordilheiras, pelo sua enorme altitude, impede que as nuvens avancem, fazendo-as retroceder e, segundo a Massa de Ar Equatorial Continental (mEc), tais nuvens são orientadas a seguir o fluxo em direção às regiões do Sudeste e Sul do país, levando chuva em abundância.
Porém, com o desmatamento, há uma diminuição na evaporespiração, ocasionando nuvens menos potentes e menores, diminuindo o regime pluvial das regiões que recebem tais nuvens.
Outra forma de interferência no Ciclo da Água é a contaminação da água pelos S02 e S03 eliminados pelas chaminé de indústrias, e a formação, em geral, de ácido sulfúrico (H2SO4), tal ácido é corrosível, podendo matar seres aquáticos (que são os mais sensível para poluição), além de corroer construções, tornar a água impura para o consumo, etc.
Por fim, outra interferência a ser citada é a contaminação por metais pesados, como o Mercúrio (Hg), usado irregularmente na mineração, dentre esses metais, alguns são acumulados, isso é, não são eliminados na forma de excreção quando ingerido por um ser vivo. Tais metais são armazenados (bioacumulação) e\ou no fígado e no tecido adiposo. O referido processo é chamado de Biomagnificação.
Obs: algumas interferências de ações antrópicas no Ciclo da Água:
Na região amazônica, em associação com o acúmulo pluviométrico já vindo do litoral e a evaporespiração das plantas, há a formação de um fenômeno chamado "Rios Voadores", nome recebido pelo alto potencial pluviométrico. As grandes nuvens formadas são levadas para a região dos Andes, porém, as Cordilheiras, pelo sua enorme altitude, impede que as nuvens avancem, fazendo-as retroceder e, segundo a Massa de Ar Equatorial Continental (mEc), tais nuvens são orientadas a seguir o fluxo em direção às regiões do Sudeste e Sul do país, levando chuva em abundância.
Porém, com o desmatamento, há uma diminuição na evaporespiração, ocasionando nuvens menos potentes e menores, diminuindo o regime pluvial das regiões que recebem tais nuvens.
Outra forma de interferência no Ciclo da Água é a contaminação da água pelos S02 e S03 eliminados pelas chaminé de indústrias, e a formação, em geral, de ácido sulfúrico (H2SO4), tal ácido é corrosível, podendo matar seres aquáticos (que são os mais sensível para poluição), além de corroer construções, tornar a água impura para o consumo, etc.
Por fim, outra interferência a ser citada é a contaminação por metais pesados, como o Mercúrio (Hg), usado irregularmente na mineração, dentre esses metais, alguns são acumulados, isso é, não são eliminados na forma de excreção quando ingerido por um ser vivo. Tais metais são armazenados (bioacumulação) e\ou no fígado e no tecido adiposo. O referido processo é chamado de Biomagnificação.
CICLO
DO CARBONO
O
carbono é um elemento muito importante, pois faz parte da composição
química de todos os compostos orgânicos.
O carbono é um elemento disponível na atmosfera. Os seres
fotossintetizantes retiram o carbono da atmosfera pelo processo da
fotossíntese. E o mesmo é encontrado sob duas formas: na forma de
CO2 (dióxido de carbono) existente no ar e dissolvido na água, e na
composição das moléculas dos seres vivos e pelos depósitos de
combustíveis fósseis. Pelo processo da fotossíntese o CO2 é
fixado e transformado em matéria orgânica pelos produtores. Os
consumidores adquirem carbono ingerindo a matéria orgânica.
Tanto
os animais como os vegetais perdem carbono pela respiração. O
carbono que fica retido na biomassa retorna à terra pelos
excrementos e cadáveres dos animais e restos dos vegetais, que serão
decompostos em elementos químicos pela ação dos decompositores.
OBSERVAÇÃO:
EFEITO
ESTUFA
O gradativo aumento do dióxido de carbono é um dos fatores responsáveis pelo aumento do Efeito Estufa, já que este gás retém calor, contribuindo para o aumento da temperatura do planeta. Vale salientar que o efeito estufa sempre ocorreu e é fundamental para a manutenção da temperatura terrestre, pois, sem ele a terra seria muito fria e não existiria vida em abundância (é válido dizer que o principal gás do efeito estufa natural é o vapor de água). O que vem afetando o efeito estufa, é o aumento de certos gases, como CO2 e CH4, com a exagerada exploração e consumo de petróleo, gás, carvão, as queimadas e a destruição das florestas que geram aquecimento global (o CO2 também é devolvido à atmosfera pelo processo de mineralização da matéria orgânica realizado pelos decompositores). O aquecimento que estamos presenciando não só altera o clima do planeta bem como os níveis dos mares. Além de ser alterado o nível da água do mar, com o aumento da temperatura deste, ocorrerá que o Oxigênio, que é mais facilmente sensibilizado na água em uma temperatura amena, terá dificuldade em diluir-se e regiões mais afastadas da superfície, como os Bentos, terão uma deficiência desse elemento.
O gradativo aumento do dióxido de carbono é um dos fatores responsáveis pelo aumento do Efeito Estufa, já que este gás retém calor, contribuindo para o aumento da temperatura do planeta. Vale salientar que o efeito estufa sempre ocorreu e é fundamental para a manutenção da temperatura terrestre, pois, sem ele a terra seria muito fria e não existiria vida em abundância (é válido dizer que o principal gás do efeito estufa natural é o vapor de água). O que vem afetando o efeito estufa, é o aumento de certos gases, como CO2 e CH4, com a exagerada exploração e consumo de petróleo, gás, carvão, as queimadas e a destruição das florestas que geram aquecimento global (o CO2 também é devolvido à atmosfera pelo processo de mineralização da matéria orgânica realizado pelos decompositores). O aquecimento que estamos presenciando não só altera o clima do planeta bem como os níveis dos mares. Além de ser alterado o nível da água do mar, com o aumento da temperatura deste, ocorrerá que o Oxigênio, que é mais facilmente sensibilizado na água em uma temperatura amena, terá dificuldade em diluir-se e regiões mais afastadas da superfície, como os Bentos, terão uma deficiência desse elemento.
CICLO
DO OXIGÊNIO
O
oxigênio surgiu na Terra pela ação da fotossíntese, e cerca de
21% da atmosfera terrestre são constituídos de oxigênio (O2)
livre; o oxigênio encontra-se também dissolvido na água.
O
ciclo do oxigênio se encontra intimamente ligado com o ciclo do
carbono, uma vez que o fluxo de ambos está associado aos mesmos
fenômenos: fotossíntese e respiração. Os processos de
fotossíntese liberam oxigênio para a atmosfera, enquanto os
processos de respiração e combustão o consomem. Parte do O2 da
estratosfera é transformado pela ação de raios ultravioletas em
ozônio (O3). Este forma uma camada que funciona como um filtro,
evitando a penetração de 80% dos raios ultravioletas. A liberação
constante de clorofluorcarbonos (CFC) leva a destruição da camada
de ozônio.
O
oxigênio é utilizado nas atividades respiratórias de todos os
animais e vegetais.
É
um gás comburente, alimenta as combustões. Ao combinado com metais
no solo, forma óxidos metálicos. Forma a camada de ozônio (O3) que
protege a Terra contra a ação dos raios ultravioleta. Pela ação
dos seres fotossintetizantes, o oxigênio volta à atmosfera;
principalmente pela ação do fitoplâncton.
As
equações químicas que regem estes dois processos de suma
importância ao ciclo do carbono e oxigênio são:
Fotossíntese:
6CO2 + 6H2O + luz solar → C6H12O6 + 6O2
Respiração:
C6H12O6 + 6O2 → 6CO2 + 6 H2O + energia
CICLO
DO NITROGÊNIO
Por
fazer parte das moléculas dos ácidos nucleicos,
das proteínas, da clorofila e de alguns outros compostos, o
nitrogênio (N2) é de fundamental importância para a vida na Terra.
O nitrogênio é encontrado na forma N2 (gás nitrogênio) e
representa 78% de todo o ar atmosférico. São raros os seres vivos
que aproveitam o nitrogênio diretamente da atmosfera. Alguns
microrganismos conhecidos como fixadores de nitrogênio possuem a
capacidade de fixar o nitrogênio em suas moléculas orgânicas.
As
bactérias dos gêneros Rhizobium e Azotobacter, são cianobactérias que são grandes fixadores de nitrogênio tanto do ar como da água.
Esses microrganismos, quando morrem, liberam nitrogênio na forma de
amônia (NH3) para o solo. A amônia é aproveitada por outras
bactérias do solo, sendo transformada em nitratos (NO3-) —
nitrificação, que pode ser utilizada pelas plantas. As bactérias
do gênero Rhizobium vivem em nódulos presentes nas raízes de
algumas leguminosas, e têm a capacidade de reter o nitrogênio,
transformando-o em nitratos e recebendo açúcares e abrigo da planta; é um
caso de simbiose ou mutualismo.
As
cianobactéria, por serem excelentes fixadoras de nitrogênio, possuem um grande poder adaptativo, conseguindo
sobreviver em ambientes estéreis, procedendo como organismos
pioneiros na instalação de uma comunidade.
As
plantas aproveitam o nitrogênio na forma de nitratos, e estes passam
a fazer parte das moléculas orgânicas. Os animais, alimentando-se
dos vegetais, adquirem os nitratos. Na cadeia alimentar, as proteínas
e os ácidos nucleicos acabam por ser degradados, produzindo
resíduos nitrogenados, que são eliminados pela excreção dos
animais. Os resíduos nitrogenados também voltam ao solo quando
morrem animais e vegetais (amonificação). A amônia, voltando ao solo, pode passar
novamente pelo processo de nitrificação (a amônia possui um alto teor de toxicidade, precisando estar bem diluída para ser utilizada por alguns seres vivos, dentre eles, as algas, que vivem em ambientes aquáticos). Nem todo composto
nitrogenado sofre a ação das bactérias nitrificantes; alguns são
convertidos, pela ação das bactérias desnitrificantes, em gás
nitrogênio, que é liberado para a atmosfera.
Em
função da associação de leguminosas com bactérias Rhizobium,
essas plantas são de suma importância nos processos de rotação de
cultura e recuperação de solos.
Resumo Esquemático:
Resumo Esquemático:
•
Fixação: Consiste na transformação do nitrogênio gasoso em
substâncias aproveitáveis pelos seres vivos (amônia e nitrato). Os
organismos responsáveis pela fixação são bactérias, retiram o
nitrogênio do ar fazendo com que este reaja com o hidrogênio para
formar amônia.
•
Amonificação: Parte da amônia presente no solo, é originada pelo
processo de fixação. A outra é proveniente do processo de
decomposição das proteínas e outros resíduos nitrogenados,
contidos na matéria orgânica morta e nas excretas. Decomposição
ou amonificação é realizada por bactérias e fungos.
•
Nitrificação: É o nome dado ao processo de conversão da amônia
em nitritos e, em seguida, em nitratos, este é absorvido pelas plantas em um processo chamado de assimilação.
•
Desnitrificação: As bactérias desnitrificantes (como, por exemplo,
a Pseudomonas desnitrificans), são capazes de converter os nitratos
em nitrogênios molecular, que volta a atmosfera fechando o ciclo.
Obs: Eutrofização é um tipo de interferência das atividades humanas nos Ciclos Biogeoquímicos. Tendo os pesticidas, adubos e outros produtos usados na agricultura sendo ricos de Nitrogênio (N) e Fósforo (P), quando são descartados em uma ambiente aquático, tais nutrientes favoreciam a reprodução desenfreada de fitoplânctons na superfície luminosa e rica em oxigênio do ambiente aquático. Forma-se uma camada superficial composta por esses plânctons, tal camada impede que o oxigênio e a luz incida nas camadas inferior, respectivamente, a região dos zooplânctons e dos néctons (seres maninhos que já são capazes de resistir à corrente, diferentemente dos plânctons) e Bentos, região ocupada por seres que precisam de pouca luz e oxigênio para sobreviver, além de suportarem a pressão.
Como a diluição do oxigênio diminuída, ocorrerá a morte em massa de grande parte dos seres vivos da localidade e, portanto, será necessário que tais corpos sejam decompostos, porém, as bactérias decompositores precisam de uma Demanda Biológica de Oxigênio (DBO) para realizar tal função.
Com o não obstante número de espécies mortas, ocorrerá a diminuição da diversidade no local.
Obs: Eutrofização é um tipo de interferência das atividades humanas nos Ciclos Biogeoquímicos. Tendo os pesticidas, adubos e outros produtos usados na agricultura sendo ricos de Nitrogênio (N) e Fósforo (P), quando são descartados em uma ambiente aquático, tais nutrientes favoreciam a reprodução desenfreada de fitoplânctons na superfície luminosa e rica em oxigênio do ambiente aquático. Forma-se uma camada superficial composta por esses plânctons, tal camada impede que o oxigênio e a luz incida nas camadas inferior, respectivamente, a região dos zooplânctons e dos néctons (seres maninhos que já são capazes de resistir à corrente, diferentemente dos plânctons) e Bentos, região ocupada por seres que precisam de pouca luz e oxigênio para sobreviver, além de suportarem a pressão.
Como a diluição do oxigênio diminuída, ocorrerá a morte em massa de grande parte dos seres vivos da localidade e, portanto, será necessário que tais corpos sejam decompostos, porém, as bactérias decompositores precisam de uma Demanda Biológica de Oxigênio (DBO) para realizar tal função.
Com o não obstante número de espécies mortas, ocorrerá a diminuição da diversidade no local.
Ciclo
do Enxofre
O
enxofre é encontrado nas rochas sedimentares, (formadas por
depósitos que se acumularam pela ação da natureza) nas rochas
vulcânicas, no carvão , no gás natural etc.
O
enxofre é essencial para a vida, faz parte das moléculas de
proteína, sendo reciclado sempre que um animal ou planta morre.
Quando apodrecem, as substâncias chamadas de “sulfatos”,
combinados com a água são absorvidos pelas raízes das plantas. Os
animais o obtêm comendo vegetais ou comendo outros animais.
Quando
o ciclo é alterado, animais e plantas sofrem, isso vem acontecendo
através da constante queima de carvão, petróleo e gás.
Ciclo
do Fósforo
Além
da água, do carbono, do nitrogênio e do oxigênio, o fósforo
também é importante para os seres vivos. Esse elemento faz parte,
por exemplo, do material hereditário e das moléculas energéticas
de ATP.
Em
certos aspectos, o ciclo do fósforo é mais simples do que os ciclos
do carbono e do nitrogênio, pois não existem muitos compostos
gasosos de fósforo e, portanto, não há passagem pela atmosfera.
Outra razão para a simplicidade do ciclo do fósforo é a existência
de apenas um composto de fósforo realmente importante para os seres
vivos: o íon fosfato.
As
plantas obtêm fósforo do ambiente absorvendo os fosfatos
dissolvidos na água e no solo. Os animais obtêm fosfatos na água e
no alimento
A
decomposição devolve o fósforo que fazia parte da matéria
orgânica ao solo ou à água. Daí, parte dele é arrastada pelas
chuvas para os lagos e mares, onde acaba se incorporando às rochas.
Nesse caso, o fósforo só retornará aos ecossistemas bem mais
tarde, quando essas rochas se elevarem em consequência de processos
geológicos e, na superfície, forem decompostas e transformadas em
solo.
Assim,
existem dois ciclos do fósforo que acontecem em escalas de tempo bem
diferentes. Uma parte do elemento recicla-se localmente entre o solo,
as plantas, consumidores e decompositores, em uma escala de tempo
relativamente curta, que podemos chamar “ciclo de tempo ecológico”.
Outra parte do fósforo ambiental sedimenta-se e é incorporada às
rochas; seu ciclo envolve uma escala de tempo muito mais longa, que
pode ser chamada “ciclo de tempo geológico”.
Ciclo
do Cálcio
O
cálcio é um elemento que participa de diversas estruturas dos seres
vivos, ossos, conchas, paredes celulares das células vegetais,
cascas calcárias de ovos, além de atuar em alguns processos
fisiológicos, como a concentração muscular e a coagulação do
sangue nos vertebrados. As principais fontes desse elemento são as
rochas calcárias, que, desgastando-se com o tempo, liberam-no para o
meio. No solo, é absorvido pelos vegetais e, por meio das cadeias
alimentares, passa para os animais. Toneladas de calcária são
utilizadas com frequência para a correção da acidez do solo,
notadamente nos cerrados brasileiros, procedimento que, ao mesmo
tempo, libera o cálcio para o uso pela vegetação e pelos animais.
Nos
oceanos o cálcio obtido pelos animais pode servir para a construção
de suas coberturas calcárias. Com a morte desses seres, ocorre a
decomposição das estruturas contendo calcário – conchas de
moluscos, revestimentos de foraminíferos – no fundo dos oceanos,
processo que contribui para a formação dos terrenos e rochas
contendo calcário. Movimentos da crosta terrestre favorecem o
afloramento desses terrenos, tornando o cálcio novamente disponível
para o uso pelos seres vivos
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