Regionalização do Brasil ao longo da história


Regionalização de 1913
A primeira divisão do território do Brasil em grandes regiões foi proposta em 1913, os ‘’cinco brasis’’. Os critérios utilizados para fazê-la foram físicos, já que a natureza era considera duradoura e as atividades humanas, mutáveis. Fora feito por Delgado de Carvalho.


Regionalização de 1940
Em 1940, o Instituto de Geografia e Estatística (IBGE) elaborou uma nova proposta de divisão para o país que, além dos elementos físicos, considerou os aspectos socioeconômicos. 

Regionalização de 1945
Baseado nos mesmos conceitos que o anterior, o Brasil passou a ter 7 regiões

Regionalização de 1950
Muitas mudanças nas divisões estaduais fizeram com que outra regionalização fosse necessária, sendo o mesmo parâmetro que os outros dois últimos.

Regiões Geoeconômicas
Em 1967, o geógrafo brasileiro Pedro Pinchas Geiger propôs uma divisão regional do país, em três Regiões Geoeconômicas ou Complexos Regionais.
Esta proposta se baseia no processo histórico de formação do território brasileiro, levando em conta, especialmente, os efeitos da industrialização. Dessa forma, ela busca refletir a realidade do país e compreender seus mais profundos contrastes. De acordo com Geiger, são três as regiões geoeconômicas: Amazônia, Centro-Sul e Nordeste.
Diferentemente da divisão proposta pelo IBGE, os complexos regionais não se limitam apenas às fronteiras entre os Estados. Alguns mapas variam em relação à agrupação da algumas partes do Nordeste à região Centro-Sul.
Tomando em consideração a primeira imagem, a divisão fica:
Amazonas: Roraima, Amazonas, Amapá, Acre, Rondônia, parte norte de Mato Grasso, Tocantins e Maranhão. É a maior das três. Com uma extensão próxima a 60% do território.
Apesar de sua dimensão, possui o menor número de habitantes do país. Em muitos pontos da região acontecem os chamados "vazios demográficos". A maioria da população está localizada nas duas principais capitais do complexo, Manaus e Belém.
É no complexo regional da Amazônia que se encontra atualmente a fronteira agrícola do país. Por fronteira agrícola entende-se a porção do território em que os domínios naturais estão sendo substituídos pelo avanço da agricultura.
Possui uma economia predominante primária. Destacam-se também o pólo petroquímico da Petrobras e a Zona Franca de Manaus, que fabrica a maior parte dos produtos eletrônicos brasileiros.
Pode ser dividida em ‘‘Macrorregiões’’, existindo três, Macrorregião de povoamento consolidado; Macrorregião Amazônia Central e; Macrorregião Amazônia Ocidental.
Nordeste: parte sul do Maranhão, estado do Piauí, Ceará, Rio Grande do Norte, Paraíba, Pernambuco, Alagoas, Sergipe, Bahia e parte norte de Minas Gerais. É a segundo do país em população e a menor em território. Historicamente, é a mais antiga do Brasil. É também a mais pobre das regiões, com números elevados de mortalidade infantil, analfabetismo, fome e subnutrição.
Assim como acontece em grande parte do território brasileiro, a população nordestina é mal distribuída. Cerca de 60% fica concentrada na faixa litorânea e nas principais capitais. Já no sertão e no interior, os níveis de densidade populacional são baixos, devido, em grande parte, à seca.
Também há uma subdivisão do Nordeste, em quatro regiões:
Zona da Mata: área litorânea, entre RN e BA.
Agreste: faixa de transição entre a Zona da Mata e o Sertão.
Sertão: logo após o Agreste, ocupa a maior área das subdivisões.
Meio Norte: faixa de transição entre o Sertão, a Amazônia e o Cerrado.
Centro-Sul: parte sul de Mato Grosso do Sul e de Tocantins, Goiás, Distrito Federal, Minas Gerais, Espírito Santo, Rio de Janeiro, São Paulo, Paraná, Santa Catarina e Rio Grande do Sul. É a primeira em relação à população e a segunda em território. É a região mais dinâmica do ponto de vista econômico.
O Centro-Sul é o principal destino de migrantes de diversos pontos do país e onde se encontra cerca de 70% de toda a população brasileira.
Possui a economia mais diversificada, baseada na agricultura de exportação e, principalmente, na indústria. É responsável pela produção da maior parte do Produto Interno Bruto nacional, além de apresentar os melhores Índices de Desenvolvimento Humano (IDH) do país. 
Nesse complexo regional estão localizadas as duas megalópoles ou cidades globais, Rio de Janeiro e São Paulo. Essa região recebeu grandes quantidades de imigrantes provenientes do Nordeste ao longo do século XX. Apesar dos avanços e do desenvolvimento econômico, é nessa região que se encontram os maiores contrastes e a mais acentuada concentração de renda do país. Trata-se, portanto, de uma região extremamente heterogênea.
Pode-se dividi-la em quatro ‘’mesorregiões’’:
Sul: estados da região sul do país segundo o IBGE.
Nordeste: estado da região sudeste segundo o IBGE.
Megalópole: parte dos estados do Rio e São Paulo.
Noroeste: formado pelos estados da região Centro-Oeste e partes do Tocantins e, em algumas divisões, partes de estados do Nordeste.

Divisão por Meio Técnico-Científico-Informacional Em 1979, o geógrafo Milton Santos e Maria Laura Silveira propôs a divisão regional do Brasil em quatro regiões, com base nas diferenças do meio técnico-científico-informacional, onde os aparelhos informacionais, científicos e tecnológicos estariam distribuídos e irradiados de maneira desigual pelo espaço. Sendo que a exintência ou não do capital um fator determinante para a existência dos demais fatores, pois onde se localiza a maior quantidade de riqueza tem por conseguinte a maior quantidade de aparelhos técnicos.   
São elas:
Região Concentrada: formada pelas atuais regiões Sudeste e Sul.  A região Concentrada caracteriza-se pela densidade do sistema de relações que intensifica os fluxos de mercadorias, capitais e informações. O seu núcleo é a metrópole paulista, que desempenha funções de cidade global e reforça o comando sobre o território nacional. A soldagem do Sul e Sudeste reflete a descentralização industrial recente e a implantação de infraestruturas técnicas que a sustentam.
Região Centro-Oeste: formada pela atual região Centro-Oeste e mais o estado de Tocantins. O Centro-Oeste emerge como área de ocupação periférica, fundada na especialização agropecuária e na modernização subordinada as necessidades das firmas que tem sede na Região Concentrada.
Região Nordeste: formada pela atual região Nordeste. O Nordeste defini-se pelo peso das heranças. A instalação das infraestruturas e redes informacionais realiza-se de modo descontínuo.
Região da Amazônia: formada pela atual região Norte, com exceção de Tocantins. A Amazônia caracteriza-se pela rarefação demográfica e baixa densidade técnica. O Maranhão, conectado ao Projeto dos Pólos de Alumínio, poderia ser incluído na Amazônia, mas misteriosamente os autores prefeririam conserva-lo no Nordeste.

Regionalização Político-Administrativa (1970-1990)
Baseada nas semelhanças físicas das paisagens, mas também nas características econômicas e sociais. Essa divisão regional se baseia nos limites dos estados brasileiros e que nem sempre essas divisões são adequadas para delimitar regiões. A regionalização atual é de 1970, adaptada em 1990, em razão das alterações da Constituição de 1988.
Sua divisão fica:
Norte: Amazonas, Roraima, Amapá, Pará, Acre, Rondônia e Tocantins.
Centro-Oeste: Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Goiás e Distrito Federal.
Nordeste: Maranhão, Piauí, Ceará, Rio Grande do Norte, Paraíba, Pernambuco, Alagoas, Sergipe e Bahia.
Sudeste: Minas Gerais, São Paulo, Rio de Janeiro e Espírito do Santo.
Sul: Paraná, Santa Catarina e Rio Grande do Sul.

Domínios Morfoclimáticos
Feita em 1970, por Ab’Sáber, baseado nos Domínios Morfoclimáticos, sem respeitar os limites entre estados. Divide o Brasil em seis grandes regiões e ainda estabelece áreas de transição.




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