Fascismo Alemão
Após
a derrota na Primeira
Guerra Mundial (1914-1918),
a Alemanha foi forçada a assinar o Tratado de Versalhes, em 1919. De
acordo com seus termos, o país perdeu grande parte de seu
território, além de sofrer fortes restrições no campo militar.
Foi proibida de desenvolver uma indústria bélica, de exigir o
serviço militar obrigatório e de possuir um exército superior a
cem mil homens. Para piorar, deveria pagar aos aliados uma vultosa
indenização pelos danos provocados pelo conflito.
Diante
da eminente derrota para os aliados, na Primeira Guerra, o imperador
alemão, Guilherme 2º, abdicou ao trono no final de 1918. Em
novembro, foi proclamada a República na Alemanha
A
reorganização política da Alemanha após a Primeira Guerra ficou
conhecida como a República
de Weimar.
O Nazismo se articulou dentro da República de Weimar, junto com
vários outros partidos e facções políticas e paramilitares que
fizeram pressão contra o novo poder instituído. Dentre essas outras
facções havia o movimento espartaquista, uma facção comunista
influenciada pela Revolução
Russa de
1917 e liderada por Rosa Luxemburgo.
Em
1923, os nazistas,com
um braço paramilitar da organização, a SA (abreviação
de Sturmabteilung.
Tropas de Assalto), que ficou conhecida como “camisas marrons”,
liderados por Hitler, fracassaram na tentativa de golpe. Hitler foi
condenado a cinco anos de prisão. Cumpriu oito meses, que aproveitou
para escrever a primeira parte do livro "Mein Kampf" (Minha
Luta).
Do
ponto de vista econômico, a República de Weimar conseguiu
resultados satisfatórios entre os anos de 1924 e 1929,
principalmente por conta de investimentos estrangeiros, sobretudo
vindos dos Estados Unidos. Entretanto, com a Grande
Depressão,
a economia alemã naufragou junto com a de seu principal investidor.
Essa nova situação de declínio econômico favoreceu a
radicalização das propostas do Nazismo.
Com
a crise de 1929, o descontentamento tomou conta da Alemanha. A classe
média desempregada, e a burguesia, temerosa com o crescimento do
"Partido Comunista Alemão", engrossaram as fileiras do
"Partido Nazista".
Em
1933, o apoio da alta burguesia levou o presidente Hindenburg a
convidar Hitler para ocupar o cargo de chanceler.
Em
1934, morreu o presidente Hindenburg, e o Parlamento deu poderes a
Hitler, que passou a acumular os cargos de chanceler e de presidente
e
de “fürer”, líder, guia, como já era popularmente conhecido.
Tinha início o Terceiro
Reich,
forma como ficou conhecido o período em que Hitler, o Führer, esteve
no poder.
Em
1935, foram instituídas as Leis de Nuremberg, que determinavam a
segregação racial entre judeus e arianos. A partir de então, o
caráter racista do regime só se intensificou, levando à
perseguição e eliminação. A polícia política nazista, Gestapo,
era a grande responsável pela perseguição desses grupos.
Posteriormente, além da perseguição, a política nazista incluía
o encarceramento, os campos de concentração e a chamada "Solução
Final", ou seja, a eliminação em massa dessas populações
através das câmaras de gás, culminando no Holocausto.
A religião também
foi uma das áreas afetadas pelas ideologias do nazismo. Não
poderiam ser aceitos cultos religiosos que não fosse o catolicismo.
Com
fundamento nesses princípios, o propósito nazista era construir um
império ariano, puro e forte, centralizado em torno de Hitler. O
passo decisivo para esse projeto se tornar realidade seria a expansão
territorial e a integração de todas as comunidades germânicas da
Europa em um "espaço vital" único. Além da própria
Alemanha, isso incluiria a Áustria, a Tchecoslováquia, a Prússia
(oeste da Polônia) e a Ucrânia.
A
recuperação econômica deu cada vez mais popularidade aos nazistas.
Ao mesmo tempo, o grosso da população alemã recuperava
autoconfiança. Aproveitando-se disso tudo, Hitler gradativamente
deixou de respeitar as cláusulas do Tratado de Versalhes. A partir
de 1935, a indústria bélica foi reconstruída e o serviço militar
tornou-se obrigatório.
Uma
figura fundamental na difusão do nazismo foi Joseph Goebbels. Hábil
orador, cineasta e agitador, Goebbels foi nomeado ministro da
propaganda nazista. Além de censurar os veículos de imprensa,
Goebbels fazia filmes que alienavam a população, com promessas de
um mundo melhor, com a supremacia ariana. Controlava o rádio, a
televisão e os jornais, divulgando seus filmes e discursos
panfletários em prol do nazismo.
Em
março de 1938, os alemães anexaram a Áustria, alia-se ao ditador
italiano Mussolini, formando o eixo nazifascista e um ano depois,
parte da Tchecoslováquia é anexada. Em 1° de setembro de 1939, a
Alemanha invadiu a Polônia, dando início à Segunda Guerra Mundial.
Em
1944, a Alemanha se via diante de uma nova, e mais vergonhosa derrota
em uma Guerra Mundial. Percebendo a condição irreversível da
derrota, Hitler se refugiou em
um bunker, em dezembro de 1944, permanecendo lá por mais de quatro
meses.
No
dia 30 de abril de 1945, Hitler, desolado com sua derrota, atira
na própria cabeça. Junto com ele,
sua esposa Eva Braun toma cianureto, um poderoso veneno, e morre ao
lado do marido. O então chanceler alemão, Joseph Goebbeles, também
cometeu suicídio no mesmo dia. Pondo assim o fim no Fascismo Alemão.
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