Osmose
MEMBRANAS CELULARES
Separando, protegendo, delimitando o meio interno e o externo, as
células possuem a membrana plasmática. Esta também possui
permeabilidade seletiva, isto é, permite que as substâncias
necessárias ao funcionamento das células sejam selecionadas e
transportadas para o interior das mesmas ou jogadas para fora quando
não necessárias. É o intercâmbio do meio interno com o externo.
As membranas permitem identificar uma estrutura formada por três
camadas: duas de fosfolipídios intercaladas por uma de proteína,
concluindo que sua composição é lipoproteica. Devido à
maleabilidade das camadas lipídicas, as proteínas deslocam-se por
ela com grande facilidade, e a essa nova concepção de estrutura da
membrana – proposta por S. J. Singer e G. Nicholson (1972), deu-se
o nome de “mosaico fluido”.
TRANSPORTE DE SUBSTÂNCIAS ATRAVÉS DA MEMBRANA
Difusão simples é a dispersão ou deslocamento espontâneo de
partículas. Na difusão as partículas tendem a movimentar-se da
região de maior concentração de partículas para a região onde a
concentração é menor. Esse processo não consome energia e termina
quando as concentrações se igualam
E por não consumir energia a difusão é considerada um tipo de
transporte passivo. Diz-se difusão facilitada quando a passagem de
substância sem gasto de energia é acelerada pela ação de
proteínas (permeases), não ocorrendo gasto de energia igualmente.
OSMOSE
Osmose é um fenômeno físico-químico
que ocorre quando duas soluções aquosas de concentrações
diferentes entram em contato através de uma membrana semipermeável.
A osmose, permite o transporte de solvente (água) e não do
soluto.
-
Quando a solução apresentar maior concentração de soluto, em relação ao meio, dizemos que a solução é hipertônica.
-
Quando a solução apresentar menor concentração de soluto, em relação ao meio, dizemos que a solução é hipotônica.
-
Quando a solução entrar em equilíbrio com o meio, diz-se que a solução é isotônica.
Transporte Ativo:
Já vimos que na difusão e na osmose,
por processos puramente físicos, as moléculas tendem a se deslocar
do local de sua maior concentração para a região de menor
concentração. Contudo o inverso também pode ocorrer em células
vivas. Isto é evidentemente contrário à tendência natural da
difusão, e para poder ocorrer, necessita de um gasto de energia: é
o transporte ativo. Quando analisamos o conteúdo de uma hemácia,
encontramos nela concentrações de íons de sódio (Na+)
muito menor do que a concentração de sódio no plasma (solução
aquosa do sangue). Ora, se raciocinarmos em termos de difusão
deveria entrar na célula até que as concentrações fora e dentro
se igualassem.
No entanto, isto não ocorre, enquanto
a hemácia estiver viva, sua concentração interna de Na+
é baixa.
A explicação para este fenômeno é
a seguinte:
Na realidade está ocorrendo difusão
e íons de Na+
estão continuamente penetrando na célula. Porém ao mesmo tempo a
membrana está expulsando íons Na+
da célula, sem parar. Esta expulsão se faz por transporte ativo.
Desta forma, a concentração interna de Na+
continua baixa, porém, às custas de um trabalho constante por parte
da célula.
Já a situação do íon potássio
(K+)
na hemácia é inversa: encontramos sempre na célula concentração
de potássio (K+)
muito superior à do plasma.
O K+,
por difusão, tende a “fugir”
da célula, porém a membrana o reabsorve constantemente. Ou seja, a
membrana “força”
a passagem do K+
de um local de menor concentração (plasma), para o de maior
concentração gastando energia no processo.
Apesar dos íons Na+
e K+
terem aproximadamente o mesmo tamanho, e, portanto igual
difusibilidade, percebemos que a membrana plasmática se comporta de
maneira totalmente diferente em relação a cada um deles. Aqui se
pode falar, sem dúvida, em permeabilidade seletiva
Determinadas substâncias, mesmo existindo em menor quantidade fora
da célula, tendem a entrar nela, contrariando os princípios da
difusão. Nessas células a concentração de íons potássio (K+ ) é
maior do que no plasma onde as células estão submersas, por outro
lado; há íons sódio (Na+ ) no plasma em maior concentração do
que no interior das células.
As diferenças de concentração desses elementos químicos mantêm-se
inalteradas, mesmo ocorrendo difusão, e, para que essa situação se
mantenha, algumas proteínas da membrana funcionam como verdadeiras
carregadoras de substância, bombeando constantemente o K+ (potássio)
para o interior das células e o Na+ (sódio) para fora das células.
São as chamadas bombas de sódio e potássio. Por ocorrer contra um
gradiente de concentração provoca gasto de energia, sendo portanto
transporte ativo.
Transporte de partículas
Endocitose – algumas células possuem a propriedade de
capturar partículas grandes que não conseguem atravessar a membrana
do meio externo. São incorporadas pela célula por meio do processo
de endocitose (endo = interior, cito = célula, ose = condição).
Conhecem-se dois tipos de endocitose: a fagocitose (fago = comer) e a
pinocitose (pino = beber).
Fagocitose
Na fagocitose a célula engloba partículas por meio de projeções
citoplasmáticas denominadas pseudópodes. Depois de ingerido, o
material permanece no citoplasma, envolvido por parte da membrana,
recebendo o nome de fagossomo. A fagocitose é comum nos seres
unicelulares;
Pinocitose
Ingestão de partículas líquidas.
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