Guerra Fria
Guerra
Fria
Causas
A
União Soviética buscava implantar o socialismo em outros países
para que pudessem expandir a igualdade social, baseado na economia
planificada, partido único (Partido Comunista), igualdade social e
falta de democracia. Enquanto os Estados Unidos, a outra potência
mundial, defendia a expansão do sistema capitalista, baseado na
economia de mercado, sistema democrático e propriedade privada.
Com
o fim da Segunda Guerra Mundial o contraste entre o capitalismo e
socialismo era predominante entre a política, ideologia e sistemas
militares. Apesar da rivalidade e tentativa de influenciar outros
países, os Estados Unidos não conflitou a União Soviética (e
vice-versa) com armamentos, havia a Paz
Armada,
pois os dois países tinham em posse grande quantidade de armamento
nuclear, e um conflito armado direto significaria o fim dos
dois países e, possivelmente, da vida em nosso planeta.
Nos
fins da Segunda Guerra Mundial, os países aliados se reuniram na
Conferência de Yalta para discutirem a organização do cenário
político e econômico do pós-guerra. Já nesse encontro, Estados
Unidos e União Soviética se sobressaíram como as duas maiores
potências do período. Contudo, as profundas distinções
ideológicas, políticas e econômicas dessas nações criaram um
clima de visível antagonismo. Preocupada com o avanço da influência
do socialismo soviético, os norte-americanos buscaram se aliar
politicamente a algumas nações. Em contrapartida, os soviéticos
criaram um “cordão de isolamento” político que impediria o
avanço da ideologia capitalista pelo restante da Europa Oriental.
Como dito por Churchill,
instalou-se uma ‘’cortina de ferro’’ na Europa.
Os
episódios ligados à Guerra Fria estiveram cercados por diferentes
demonstrações de poder que visavam indicar a supremacia do mundo
capitalista sobre o socialista, ou vice-versa. Um primeiro episódio
de tal natureza ocorreu com o lançamento das bombas atômicas em
território japonês.
Decorrer
da Guerra
Com
o objetivo de reforçar o capitalismo, o presidente dos Estados
Unidos, Harry Truman, lança o Plano Marshal, que era um oferecimento
de empréstimos com juros baixos e investimentos para que os países
arrasados na Segunda Guerra Mundial pudessem se recuperar
economicamente. A partir desta estratégia a União Soviética criou
o Comecon, que era uma espécie de contestação ao Plano Marshall
que impedia seus aliados socialistas de se interessar ao
favorecimento proposto pelo então inimigo político.
Em
1949, os Estados Unidos juntamente com seus aliados criam a Otan
(Organização do Tratado do Atlântico Norte) que tinha como
objetivo manter alianças militares para que estes pudessem se
proteger em casos de ataque. Em contra partida, a União Soviética
assina com seus aliados o Pacto de Varsóvia que também tinha como
objetivo a união das forças militares de toda a Europa Oriental.
Na
década de 50 e 60 houve a chamada Corrida
Armamentista,
onde os dois pólos disputavam quem produzia as armas mais
destrutivas e continha o maior arsenal bélico, ocasionando o terror
e o medo no mundo todo. Outro movimento ocorrido foi a Corrida
Espacial. Na tentativa de provar que o seu sistema era melhor do que
o outro, cada lado fez as suas investidas, a URSS enviou o ser vivo,
um cão em 1957 e o primeiro homem ao espaço em 1961, enquanto os
EUA enviaram Neil
Armstrong à Lua,
em 1969.
O
controle da impressa, tanto para divulgar a “American way of life’’
como também para a URSS divulgar o socialismo e perseguir o
capitalismo foram uma das formas de haver a “caça as bruxas’’
em ambos os pólos, porém, houve também espionagem e muitas outras
formas. Enquanto a espionagem norte-americana cabia aos integrantes
da CIA, os funcionários da KGB faziam os serviços secretos
soviéticos.
No
campo cultural, o fenômeno conhecido como contracultura se
tornou notório, principalmente na década de 1960, com o movimento
hippie
Divisão
da Alemanha
No
final da Segunda Guerra, a Alemanha foi invadida por todos os lados;
além de ter sido separada da Áustria, ficando assim dividida em
dois países:
-
Alemanha Ocidental (ou República Federal da Alemanha – RFA) – capitalista
-
Alemanha Oriental (ou República Democrática Alemã – RDA) - soviética
A
antiga capital – Berlim, que se localizava no interior da Alemanha
Oriental, também ficou dividida em dois:
Foi
então que em 1948, Stalin,
dirigente da URSS, ordenou que as comunicações entre a República
Federal da Alemanha e Berlim ocidental fossem cortadas. Ele achava
que o isolamento facilitaria a entrada das tropas soviéticas na
outra parte de Berlim. Porém, tal iniciativa não deu certo, pois
uma operação com centenas de aviões levando mantimentos da RFA
para Berlim Ocidental garantiu que uma continuasse ligada a outra. O
governo de Stalin não teve outra escolha a não ser aceitar a
situação.
O
governo da RDA se irritou com o fato da grande imigração, devido ao
alto crescimento da parte ocidental de Berlim, e em 1961 ordenou a
construção de um muro isolando Berlim Ocidental do restante da
Alemanha. Era o Muro
de Berlim,
que é considerado um dos maiores símbolos da Guerra Fria.
Envolvimentos
Indiretos
-
Guerra da Coréia : Entre os anos de 1951 e 1953 a Coréia foi palco de um conflito armado de grandes proporções. Após a Revolução Maoista ocorrida na China, a Coréia sofre pressões para adotar o sistema socialista em todo seu território. A região sul da Coréia resiste e, com o apoio militar dos Estados Unidos, defende seus interesses. A guerra dura dois anos e termina, em 1953, com a divisão da Coréia no paralelo 38. A Coréia do Norte ficou sob influência soviética e com um sistema socialista, enquanto a Coréia do Sul manteve o sistema capitalista.
-
Guerra do Vietnã : Este conflito ocorreu entre 1959 e 1975 e contou com a intervenção direta dos EUA e URSS. Os soldados norte-americanos, apesar de todo aparato tecnológico, tiveram dificuldades em enfrentar os soldados vietcongues (apoiados pelos soviéticos) nas florestas tropicais do país. Os EUA saíram derrotados e tiveram que abandonar o território vietnamita de forma vergonhosa em 1975. O Vietnã passou a ser socialista.
Fim
da Guerra Fria
No
governo de Nikita Kruchev, várias das práticas corruptas e
criminosas do regime stalinista foram denunciadas. Nesse período, os
problemas gerados pela burocratização do governo soviético foram
piorando a situação social, política e econômica do país.
O
fechamento do país para as nações não-socialistas forçou a União
Soviética a sofrer um processo de atraso econômico que deixou a
indústria soviética em situação de atraso. Além disso, os gastos
gerados pela corrida armamentista da Guerra Fria impediam que a União
Soviética fosse capaz de fazer frente às potências capitalistas.
As
promessas de prosperidade e igualdade, propagandeadas pelos veículos
de comunicação estatais, fazia contraste com os privilégios a uma
classe que vivia à custa da riqueza controlada pelo governo. Esse
grupo privilegiado, chamado de nomenklatura, defendia a manutenção
do sistema unipartidário e a centralização dos poderes políticos.
No
ano de 1985, o estadista Mikhail Gorbatchev assumiu o controle do
Partido Comunista Soviético com idéias inovadoras. Entre suas
maiores metas governamentais, Gorbatchev empreendeu duas medidas: a
perestroika (reestruturação) e a glasnost (transparência).
A
falta de democracia, o atraso econômico e a crise nas repúblicas
soviéticas acabaram por acelerar a crise do socialismo no final da
década de 1980. Em 1989 cai o Muro de Berlim e as duas Alemanhas são
reunificadas.
No
começo da década de 1990, o então presidente da União Soviética
Gorbachev começou a acelerar o fim do socialismo naquele país e nos
aliados. Com reformas econômicas, acordos com os EUA e mudanças
políticas, o sistema foi se enfraquecendo. Era o fim de um período
de embates políticos, ideológicos e militares. O capitalismo
vitorioso, aos poucos, iria sendo implantado nos países socialistas
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