Proteínas
As
proteínas são compostos orgânicos de estrutura complexa e massa
molecular elevada e são sintetizadas pelos organismos vivos através
da condensação de um número grande de moléculas de aminoácidos,
através de ligações denominadas ligações peptídicas.
Quimicamente, os aminoácidos são constituídos por carbono (C),
hidrogênio (H), oxigênio (O) e nitrogênio (N). Alguns são
formados também por enxofre (S). Uma proteína é um conjunto de no
mínimo 100 aminoácidos, sendo os conjuntos menores denominados de
polipeptídios. As proteínas são os componentes químicos mais
importantes do ponto de vista estrutural. Polímeros: são
macromoléculas formadas pela união de várias moléculas menores
chamadas de monômeros. As proteínas, portanto, são polímeros de
aminoácidos. As principais interações químicas que determinam a forma e a estabilidade das proteínas são: interações não covalentes, forças eletrostáticas, interações de Van der Waals, ligações de hidrogênio e interações hidrofóbicas.
Assim, tem-se:
-
Duas moléculas de aminoácidos = dipeptídeo
-
Três moléculas de aminoácidos = tripeptídeo
-
Muitas moléculas de aminoácidos = polipeptídeo
As
proteínas são substâncias sólidas, incolores, insolúveis
em solventes orgânicos, algumas são solúveis em água, enquanto
outras são solúveis ou em soluções aquosas diluídas de sais, ou
em soluções aquosas de ácidos, ou em soluções aquosas de bases,
produzindo sempre coloides. Elas são essenciais para o funcionamento
das células vivas e, juntamente os glicídios e lipídios,
constituem a alimentação básica dos animais. No organismo humano,
durante a digestão, elas se hidrolisam cataliticamente no estômago
sob a ação da pepsina (suco gástrico) e da tripsina (suco
pancreático) e no intestino (duodeno) sob a ação da erepsina.
São
encontrados 20 tipos diferentes de aminoácidos naturais
classificados em:
Essenciais:
não são produzidos pelo organismo. Devem ser obtidos pela dieta
alimentar.
Não-Essenciais
ou naturais: são sintetizados pelo organismo.
Vale-se salientar que ser ou não essencial depende da espécime avaliada.
Vale-se salientar que ser ou não essencial depende da espécime avaliada.
Com
relação à estrutura das proteínas, temos que considerar três
aspectos: estrutura primária, estrutura secundária e estrutura
terciária.
- A estrutura primária refere-se à sequência dos aminoácidos no polipeptídio. Uma variação na sequência conduz a uma proteína diferente, com ação bioquímica diferente;
- A estrutura secundária refere-se ao enrolamento em forma de hélice mantido pelas pontes de hidrogênio. Como as pontes de hidrogênio são ligações fracas, um aquecimento pode provocar o rompimento dessas ligações, com isso, a proteína perde a sua ação biológica. Esse fenômeno, geralmente irreversível, é conhecido por desnaturação;
- Por fim, a estrutura terciária ou definitiva é definida como um emaranhado de dobras a partir da estrutura secundária; proteínas com diferentes sequências de aminoácidos terão, por conseguinte, uma estrutura terciária diferente.
Funções
- Construção: reposição e crescimento celular - Ex.: queratina. -
Reguladores: regulam o metabolismo (enzimas e hormônios). - Defesa:
anticorpos
Estrutura
dos aminoácidos: todos apresentam um grupo amina, um grupo carboxila
e um radical. São formadas sempre pelo mesmo número de aminoácidos
na mesma sequência. Alterações que possam ocorrer nela em função
do material genético (mutação) podem levar a mudanças na forma e
função. As alterações podem ser causadas por aumento de
temperatura levando a uma desnaturação que poderá ser reversível
ou não.
Ligação
peptídica: união dos aminoácidos havendo liberação de uma
molécula de água.
No
organismo humano existem muitos tipos diferentes de proteínas, que
executam as mais diversas funções. Mas, basicamente, esses
compostos orgânicos podem ser agrupados em cinco grandes categorias,
de acordo com sua função: estrutural, hormonal, nutritiva,
enzimática e de defesa.
Função
Estrutural: participam da estrutura dos tecidos.
Função
Hormonal: muitos hormônios de nosso organismo são de natureza
proteica. Resumidamente, podemos caracterizar os hormônios como
substâncias elaboradas pelas glândulas endócrinas e que, uma vez
lançadas no sangue, vão estimular ou inibir a atividade de certos
órgãos
Função
Nutritiva: as proteínas servem como fontes de aminoácidos, que
podem ser usados como fonte de energia na respiração.
Função
Enzimática: enzima é uma proteína. As enzimas são
fundamentais como moléculas reguladoras das reações biológicas. As enzimas sofrem desgastes durante as reações químicas que participam, mas não perdem aminoácidos durante o processo. A ligação da enzima com seu respectivo substrato tem elevada especificidade. Assim,
alterações na forma tridimensional da enzima podem torná-la afuncional, porque impedem o
encaixe de seu centro ativo ao substrato.São formadas por aminoácidos, porém, algumas delas podem conter também componentes não
proteicos adicionais, como, por exemplo, carboidratos, lipídios, metais ou fosfatos. A ação enzimática sofre influência de fatores como temperatura e potencial de hidrogênio;
variações nesses fatores alteram a funcionalidade enzimática. Em suma, pode-se dizer que as enzimas atuam como catalisadores orgânicos nas reações
Função
de Defesa: existem células no organismo capazes de “reconhecer”
a presença de proteínas não específicas, isto é, “estranhas”
a ele. Essas proteínas “estranhas” são chamadas de antígenos.
Na presença dos antígenos, o organismo produz proteínas de defesa,
denominadas anticorpos. O anticorpo combina-se com o antígeno, de
maneira a neutralizar seu efeito. A reação antígeno – anticorpo
é altamente específica, o que significa que um determinado
anticorpo neutraliza apenas o antígeno responsável por sua
formação. Os anticorpos são produzidos por certas células do
corpo
Enzimas:
São substâncias proteicas que funcionam como biocatalizadores,
induzindo reações químicas. Participa das reações químicas que
ocorrem nos seres vivos, diminuindo a energia de ativação e
aumentando a velocidade das reações químicas sem, no entanto
participar do produto final destas reações. As enzimas são
específicas em relação a um substrato, desencadeando sempre o
mesmo tipo de reação (Teoria da chave - fechadura). Alguns fatores
influenciam atividade de uma enzima como a temperatura, o pH e a
concentração do substrato (essência). Algumas enzimas são
proteínas simples, constituídas apenas de cadeias polipeptídicas.
Outras são proteínas conjugadas, constituídas de uma parte
proteica, apoenzima, combinada a uma parte não proteica, cofator.
Se o cofator for uma substância orgânica, recebe o nome de
coenzima. Uma das principais enzimas são as lipases, que são enzimas que atuam sobre os lipídios.
Fatores
que afetam a atividade enzimática
Concentração
do substrato: aumentando a concentração do substrato, aumenta-se a
velocidade da reação até o momento em que todas as moléculas de
enzima se achem “ocupadas”. A partir deste momento a velocidade
da reação é máxima e constante.
Concentração
da enzima: aumentando a concentração de moléculas da enzima, a
velocidade de reação aumenta desde que haja quantidade de substrato
suficiente para receber as enzimas
Temperatura:
a velocidade de uma reação enzimática aumenta com a elevação da
temperatura. Porém, a partir de determinada temperatura, a
velocidade diminui.
Grau
de acidez (pH): as alterações de pH podem mudar a forma da enzima
afetando seu funcionamento. Cada enzima tem um pH ótimo para o seu
funcionamento, acima ou abaixo desse pH sua atividade diminui.
A
inibição da ação da enzima pode ser reversível ou irreversível.
Em um tipo de inibição reversível, a inibição competitiva da
atividade enzimática, o inibidor compete como substrato pelo sítio
ativo da enzima. O combate às bactérias patogênicas é feito a
partir de substâncias (antibióticos) que têm efeito irreversível,
ou seja, promovem a chamada inibição irreversível. Outra forma de
inibição enzimática é a chamada inibição alostérica, em que o
agente inibidor se liga a uma região da enzima diferente do seu
sítio ativo, produzindo alterações estruturais na enzima impedindo
seu funcionamento.
Além
disso, as proteínas ainda podem atuam no transporte de substâncias.
Proteínas
estruturais
Desnaturação
A
forma de uma proteína é essencial para sua função. Portanto,
quando uma proteína perde sua forma, geralmente, perde sua função.
A modificação estrutural das proteínas ocasionadas por alta
temperatura e pHs extremos recebe o nome de desnaturação. A
desnaturação é um processo, geralmente irreversível, que consiste
na quebra das estruturas secundária e terciária de uma proteína.
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