Revolta da Chibata
Acontecida
em 1910 durante o governo de Fonseca, liderada por João Cândido,
popularmente conhecido como Almirante Negro.
No
dia 21 de novembro, o marinheiro Marcelino Rodrigues de Menezes, foi
violentamente punido não com 25, mas com 250 chibatadas, na presença
de todos os tripulantes. O castigo
exagerado do marujo levou ao início da revolta, no dia 22 de
novembro.
O objetivo
da Revolta da Chibata era
a extinção dos castigos físicos sofridos pelos marinheiros, o fim
do aprisionamento em celas isoladas, uma alimentação mais digna e
saudável e que fosse colocado em prática o reajuste salarial de
seus honorários, pedidos redigidos pelo Almirante Negro.
Com
os canhões das embarcações apontados para a cidade do Rio de
Janeiro, os marinheiros ameaçavam bombardear a capital do país,
caso suas exigências não fossem atendidas.
O
motim se agravou e os revoltosos chegaram a matar o comandante do
navio e mais três oficiais.
O
presidente da época, Hermes da Fonseca, viu-se na necessidade de
acatar as reivindicações dos manifestantes, e deu sua
palavra em relação a realização das exigências do movimento. Os
marinheiros acreditaram na palavra do governante e entregaram suas
armas e a embarcação, porém Hermes não cumpriu o trato e baniu
alguns marinheiros que fazia parte do motim. Não satisfeitos, os
marinheiros mais ávidos por mudanças provocaram um novo levante na
Ilha das Cobras, porém, foram severamente encoberto pelas tropas do
governo, resultado em muitas mortes e o restante banido da Marinha.
Aqueles que sobreviveram ao episódio foram deportados para a
Amazônia e forçados a trabalhar nos seringais e navios da região.
Durante
a realocação para o território amazônico, alguns dos condenados
foram submetidos ao fuzilamento.
João
Cândido
acabou sendo inocentado pelo governo federal. Entretanto, perdeu a
sua colocação na Marinha e foi internado como louco.
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