Sofistas
Os sofistas correspondem
aos filósofos que pertenceram à “Escola
Sofística”,
embora seja mais comum considerar o sofismo uma prática, não uma
escola. Composta por um grupo de sábios e eruditos itinerantes, os
quais dominavam técnicas de retórica e discurso, e estavam
interessados em divulgar seus conhecimentos em troca do pagamento de
taxa pelos estudantes ou aprendizes.
Dessa
maneira, os jovens bem-nascidos, buscavam os sofistas interessados em
adquirir conhecimentos e especialmente o “aretê”,
conceito grego que denota nobreza, excelência e virtude e, no caso
dos sofistas a união dos conhecimentos gerais indispensáveis, uma
vez que na Grécia Antiga, a função política, muito destacada,
dependia do bom uso da palavra.
Eram
“estoicos” por natureza. Rejeitavam questões metafísicas.
Cultuavam o relativismo (tudo podia ser modificado). Pode-se
considerá-los agnósticos, pois consideravam que era mais provável
a não existência de deuses, embora não negassem totalmente.
Protágoras
é geralmente considerado como o primeiro e mais importante sofista,
conhecido pela sua frase “O homem
é a medida de todas as coisas”. Ao ser acusado de ateísmo, foge
para a Turquia. Um
dos responsáveis para que Protágoras se tornasse um dos mais
conhecidos sofistas foi Platão, que dedicou a ele uma obra.
Os
sofistas negam a existência da verdade, de modo que ela surge por
meio do consenso entre os homens.
Dessa
forma, o filósofo Sócrates se opôs a “Escola Sofística” e,
sobretudo, aos mestres da oratória. Em outras palavras, se o sofista
acredita nas coisas de forma particular, de modo que cada indivíduo
tem sua visão, eles refutam, para ganhar o debate verbal, enquanto
Sócrates, que parte do pressuposto da existência do conceito
absoluto de cada coisa, refuta, para assim, purificar a alma de sua
ignorância.
A
despeito de terem sido combatidos por Sócrates, os sofistas foram
criticados também pelos filósofos gregos: Aristóteles e Platão.
De acordo com Platão, os sofistas não eram considerados filósofos
e sim mercenários.
Uma
das principais críticas aos sofistas era a de que sua posição
baseava-se apenas em verossimilhança, quando um argumento parece
verdadeiro, mesmo que não o seja. O objetivo dos sofistas seria,
pela visão de filósofos como Aristóteles,
apenas o de vencer o debate, sem preocupar-se com a busca pela
verdade. Por esta razão, a expressão "sofisma" existe
hoje para identificar uma argumentação rebuscada, porém sem
fundamentação sólida.
Porém,
como os sofistas são conhecidos apenas pelas exposições pelas por
seus oponentes, pouco se sabe sobre a verdade sobre eles. O termo
“sofista” foi tornando-se obscuro já na época de Platão e
Aristóteles.
Comentários
Postar um comentário