Proclamação da República

Dentre os motivos que levaram à Proclamação da República e, portanto, ao fim do Império, podemos citar: a crise econômica causada pelas despesas do governo com a Guerra da Tríplice Aliança (ou Guerra do Paraguai), fato que obrigou o Governo Brasileiro a realizar grandes empréstimos; a proibição, imposta pela monarquia, ao manifesto dos militares na imprensa e a não valorização que exigiam desde o término da Guerra do Paraguai; o descontentamento das elites agrárias (principalmente os cafeicultores), que se sentiram prejudicadas pela lei Áurea; interferência de Dom Pedro II em questões religiosas (maçonaria) e o crescimento nas cidades da classe média, que desejava e apoiava a república porque almejava maior liberdade, bem como participação na política nacional.

Em novembro de 1889, um levante militar dirigido pelo marechal Manuel Deodoro da Fonseca obrigou D. Pedro II a abdicar. Foi assim que, no dia 15 de novembro daquele ano, foi proclamada a república do Brasil, no Rio de Janeiro. No mesmo dia foi instaurado o governo provisório em que o Marechal Deodoro da Fonseca assumiu a presidência da República. A primeira atitude foi expulsar a corte imperial três dias depois. Em seguida, uma série de reformas de inspiração republicana foi decretada, entre elas, a separação do Estado e da Igreja. A redação de uma nova constituição foi finalizada em 1890. Inspirada na Constituição dos Estados Unidos, adotada a partir de 1891, fazendo do Brasil uma República Federal, sob o título de Estados Unidos do Brasil.